A peça parte do conto de ficção científica publicado em 1968 tem encenação de José Maria Dias e recriação dramática e dramaturgia de Armando Nascimento Rosa.
A atual emergência climática, a crise de recursos vitais que sustentem a população humana, a disfunção das sociedades e a ameaça bélica de destruição do planeta aliados à interrogação sobre a existência de civilizações inteligentes no cosmos são, segundo o Teatro Estúdio Fontenova, “realidades dos nossos dias que descobrem uma peculiar ressonância na fábula original e futurológica de Natália Correia", escolhida pela companhia para assinalar o centenário de nascimento da autora.
A peça centra-se em Barbo, a pessoa escolhida para empreender uma viagem espacial ao encontro do planeta Yod, no coração da galáxia, habitado por uma cultura tecnologicamente mais avançada do que a humana, os yodetas, com os quais Barbo conta colher ensinamentos para combater a situação ambiental na terra que põe em causa a sobrevivência da espécie humana.
"Barbo", o conto, foi escrito em 1968.
Natália Correia, poeta, como se definia, dramaturga, romancista, ensaísta, tradutora, jornalista, guionista, editora, deputada, nasceu a 13 de setembro de 1923, na Ilha de São Miguel, nos Açores, e morreu em 26 de março de 1993, em Lisboa.
Ao longo deste ano, centenas de iniciativas sobre a vida e a obra da escritora, da inauguração de exposições ao regresso do seu teatro a cena, têm vindo a realizar-se em todo o país, do Norte aos Açores, para assinalar o centenário do seu nascimento.
A interpretar “Barbo, salvar Gaia rumo a Yod” vão estar Clara Passarinho, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, João M. Mota e Patrícia Paixão e, na interpretação vídeo, Ana Guerreiro, Bruno Gomes, Carlos Rocha e Sara Túbio Costa.
Com música original de João M. Mota, a peça tem cenografia de Ricardo Guerreiro Campos e figurinos de Zé Nova.
O desenho de luz é de José Maria Dias e Nicolas Manfredini, a sonoplastia de Emídio Buchinho e o vídeo de Leonardo Silva.
A peça vai estar em cena até dia 26, com sessões de quarta-feira a sábado, às 21h00, e, ao domingo, às 16h00.
No dia 21, às 11h00, há uma sessão para escolas.
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