O seu reconhecimento pleno ainda está por fazer, mas
«Mary and Max» é uma das mais notáveis e sensíveis longas-metragens de animação dos últimos anos, uma história vagamente autobiográfica pelo mão do o australiano
Adam Elliot, oscarizado pela curta-metragem «Harvey Krumpet».
A história é a de uma menina australiana solitária que troca correspondência ao longo de cerca de 20 anos com um nova-iorquino obeso de 44 anos que sofre de síndrome de Asperger, sem nunca se terem conhecido pessoalmente, relação que espelha, até geograficamente, a do próprio Elliot com um «pen-pal» com a mesma deficiência.
A história oscila com imensa segurança entre a brutalidade e a ternura, e mereceu um imenso coro de elogios e vários prémios internacionais, não só pela excelência da animação em «stop-motion» como pela sensibilidade no tratamento de temas tão complexos como a deficiência, a solidão e a rejeição.
Phillip Seymour Hoffman,
Tony Collette e
Eric Bana são as principais vozes do filme.
«Mary e Max» é exibido hoje, 13 de Março, às 21h00 no Cinema São Jorge.
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