“Uma eliminação gradual da publicidade tem de ser acompanhada – à semelhança, aliás, de outros modelos de serviço público existentes na Europa – por investimento que compense esta perda de receita, não enfraquecendo o serviço público e permitindo que este continue a cumprir a sua missão de promover a nossa língua, cultura e património”, sustenta a APIT em comunicado.
Salientando que a estação pública “é aquela que mais investe na diversidade de conteúdos, não só no entretenimento, mas fundamentalmente na produção continuada de ficção e documentário nacional”, a associação lembra ainda que “a RTP tem contribuído para a realização de coproduções que dinamizam e valorizam o setor”.
“A aposta na variedade e o trabalho que tem desenvolvido em prol da internacionalização do audiovisual, não pode ser desprezado sem que alternativas sejam apresentadas”, afirma.
Neste contexto, a APIT diz esperar “que o Governo tenha assegurado que esta redução de publicidade não compromete a aposta sustentada que tem vindo a ser feita pela RTP”, de forma a “não reduzir o investimento que tem permitido o desenvolvimento da produção audiovisual nacional e a sua internacionalização”.
O Governo apresentou na terça-feira um Plano de Ação para a Comunicação Social, composto por 30 medidas divididas em quatro eixos – Regulação do Setor, Serviço Público Concessionado, Incentivos ao Setor, Combate à Desinformação e Literacia Mediática.
Este plano contempla, entre outros pontos, o fim da publicidade na RTP e saídas voluntárias de até 250 trabalhadores, com a contratação de um jornalista por cada dois que se retirarem.
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