A atriz mexicana Karla Souza, que interpreta Laurel Castillo na série americana "Como Defender Um Assassino", disse que foi violada por um produtor no início da sua carreira, enquanto a rede Televisa cortou qualquer relação com o suposto agressor.
Em entrevista à rede CNN, Souza relatou que, no início de sua carreira no México, quando filmava uma série televisiva que não identificou, foi alvo de seduções e assédio, tanto físico como emocional.
"Depois de ser alvo deste abuso total, do seu poder, acabei por ceder, de certa forma, que me beijasse, me tocasse de formas que não queria que me tocasse. E numa das ocasiões agrediu-me violentamente. E sim, violou-me", assegurou a atriz de 32 anos.
Após a denúncia, a Televisa, a maior rede de televisão hispânica, identificou o suposto agressor como Gustavo Loza, diretor e produtor de renome no teatro mexicano.
"A Televisa informa que rompe toda a relação laboral com Gustavo Loza após as denúncias realizadas pela atriz Karla Souza. A empresa não tolerará condutas como a denunciada hoje", informou a rede pelo Twitter na noite de terça-feira.
Em entrevista à Rádio Fórmula, Loza afirmou que não é o agressor, mas admitiu ter mantido uma "relação" com a atriz.
"Cheguei a ter uma relação sentimental com Karla Souza que jamais comentei porque a vida privada é privada (...), mas ela conhece a minha família, os meus filhos, esteve várias vezes na minha casa. O facto de ter mantido uma relação sentimental com Karla Souza, que não ocorreu publicamente, não faz de mim um violador", afirmou.
"Afasto-me de toda a acusação contra mim por parte da Televisa [...], hoje acusaram-me sem fundamento em relação ao caso da suposta violação denunciada por Karla Souza, a qual lamento profundamente e condeno abertamente", escreveu Loza no Twitter mais cedo.
Souza trabalhou em duas ocasiões com Loza: na série "Los heroes del norte", em 2010, e no filme "¿Qué culpa tiene el niño?", gravada em 2016, quando a atriz já era famosa após protagonizar o filme de sucesso "Nosotros los Nobles" e de ter se juntado ao elenco de "Como Defender Um Assassino" em 2014.
Segundo a denúncia de Souza, ela ficou hospedada no mesmo hotel que o produtor, enquanto o resto do elenco foi levado para outro local, e durante as noites recebia as visitas dele sob pretexto de querer conversar, e assim começou o assédio.
Quando o rejeitava, era humilhada durante as gravações e assegurou que sofreu represálias quando pôs fim ao assédio.
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