A pintura do artista modernista Graham Sutherland foi feita em preparação para um retrato maior que Churchill odiava e que mais tarde foi destruído, um episódio narrado na série de televisão “The Crown”.
O estudo em óleo sobre tela, que sobreviveu, mostra a cabeça de Churchill de perfil contra um fundo escuro.
Espera-se que a obra seja vendida por entre 500 mil e 800 mil libras (585 mil e 936 mil euros, à taxa de câmbio atual) na Sotheby’s, em Londres, no dia 6 de junho.
Sutherland foi contratado pelo Palácio de Westminster para pintar Churchill para comemorar o seu 80.º aniversário em 1954.
O retrato completo foi apresentado no Parlamento naquele ano, com Churchill a classificá-lo, com um sorriso malicioso, como “um exemplo notável de arte moderna”.
Diz-se que Churchill reclamou: “a pintura faz-me parecer estúpido, o que não sou”.
A obra foi entregue em sua casa e nunca mais foi visto. A família Churchill revelou anos depois que tinha sido destruída.
O destino da obra foi recriado num episódio de “The Crown” em que a esposa de Churchill, Clementine, observa o quadro arder em chamas.
Andre Zlattinger, chefe de arte moderna britânica e irlandesa da Sotheby's, disse que na pintura que sobreviveu, “Churchill é retratado num momento de reflexão distraída e, juntamente com a história sobre a criação da obra, dá a impressão de um homem verdadeiramente preocupado com a sua imagem”.
A Sotheby’s exibiu a imagem ao público dentro da sala onde Churchill nasceu, há 150 anos, no Palácio de Blenheim, uma mansão de campo a 100 quilómetros a noroeste de Londres.
Os visitantes podem vê-lo lá até domingo. A obra será exibida nos escritórios da Sotheby’s em Nova Iorque, de 3 a 16 de maio, e em Londres, de 25 de maio a 5 de junho.
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