Trata-se da 8.ª edição da Plataforma Portuguesa de Artes Performativas (PT.23), que se prolonga até sábado, organizada pela estrutura cultural O Espaço do Tempo, com sede em Montemor-o-Novo, no distrito de Évora.
“É uma ocasião extraordinária para conseguirmos apresentar 18 dos espetáculos mais relevantes criados em Portugal nos últimos dois anos”, afirmou hoje à agência Lusa o diretor artístico de O Espaços do Tempo, Pedro Barreiro.
Esta plataforma, continuou, é “um lugar privilegiado” para que “um conjunto muito importante de agentes culturais, programadores, curadores e diretores de festivais e de teatros possa ver o que de melhor se tem feito em Portugal”.
O responsável, que assumiu o cargo após a saída do coreógrafo Rui Horta, em 2022, indicou que a iniciativa permite que os espetáculos e os artistas que os protagonizam ganhem visibilidade e a possibilidade de acesso ao circuito internacional.
A Plataforma Portuguesa de Artes Performativas, de caráter bienal, contou para esta edição com um júri, composto por 11 elementos, que teve a tarefa de selecionar os espetáculos e artistas.
“Acredito que chegámos a uma seleção final muito estimulante, muito diversificada, muito plural, que dá conta da complexidade do espectro largo e da riqueza daquilo que se faz em Portugal no campo das artes performativas”, sublinhou.
Segundo o diretor de O Espaços do Tempo, 12 dos 18 espetáculos programados para a PT.23 “têm acesso quase exclusivo a profissionais” e os restantes seis - quatro em Montemor-o-Novo e dois em Lisboa - têm portas abertas para o público.
Mas os espetáculos de abertura “BAqUE”, de Gaya de Medeiros, e “O elefante no meio da sala”, de Vânia Doutel Vaz, abertos ao público e previstos para o Teatro do Bairro, em Lisboa, na terça-feira, já estão esgotados, disse.
Já os espetáculos abertos ao público em Montemor-o-Novo, no Cineteatro Curvo Semedo, são “Carcaça”, de Marco Ferreira, na quarta-feira, “Versa-vice”, de Tânia Carvalho, na quinta, “A minha vitória como ginasta de alta competição”, de Lígia Soares, na sexta, e “Vära”, de Daniel Matos, no sábado.
As restantes apresentações decorrem também na cidade alentejana em locais da estrutura artística, como a Black Box, a XL Box e a Oficina Magina, e noutros espaços como a sede da Sociedade Carlista, as Oficinas do Convento e no Convento de São Domingos.
Nestes locais, “o acesso é reduzido e limitado aos profissionais inscritos, mas vamos ter sempre à volta de cinco, 10 ou 15 lugares de última hora para pessoas que possam estar interessadas”, salientou Pedro Barreiro.
Essas apresentações estão a cargo de Gio Lourenço, André e. Teodósio, Diana Niepce, Rogério Nuno Costa, Piny, André de Campos, Bernardo Chatillon, Mário Coelho, Carincur, Xana Novais, Keyla Brasil e Tita Maravilha & Cigarra.
De acordo com o diretor de O Espaço do Tempo, estão inscritos para a PT.23 “à volta de 60 programadores internacionais e 20 nacionais”.
Criado em 2000, O Espaço do Tempo é um centro multidisciplinar de residência e experimentação artística que serve de apoio a criadores nacionais e internacionais.
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