Após a edição deste ano, que decorreu de 14 a 23 de junho, contando com a presença de mais de 10 mil pessoas, a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) revelou, em nota enviada hoje à agência Lusa, a data da próxima Feira do Livro.
Com o crescimento dos espaços programáticos, além da habitual Praça do Comércio, a Feira do Livro de 2024 realizou-se também no Largo do Poço e no Largo do Romal, tendo apresentado o mote “10 vezes 50 anos”, para assinalar os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e os 50 anos do 25 de Abril.
“Em 2024, a Feira do Livro de Coimbra promoveu uma programação eclética e diversificada, englobando mais de uma centena de atividades dirigidas a todos os públicos e para várias faixas etárias”, disse a CMC.
Esta edição foi marcada “pelo forte envolvimento comunitário e artístico, pela elevada afluência de públicos e pela disseminação de conhecimento, contribuindo para uma programação diversa e participada que aproximou a Baixa de uma ‘aldeia literária’”, sublinhou a autarquia.
Segundo o Município, o evento recebeu 10 mil pessoas, sendo assinalada uma maior heterogeneidade de públicos e, em relação ao ano anterior, foi mantida “a tendência do aumento de afluência por parte do público e do público jovem, em particular, mobilizado pela relevância da literatura e da oferta cultural”.
Numa área preenchida por 48 stands e 58 participantes, a Feira do Livro acolheu os principais grupos editoriais nacionais, livreiros e alfarrabistas de Coimbra, prosseguindo ainda a aposta em editoras independentes e de menor escala.
“A maioria dos expositores mencionaram um aumento da venda de livros, sobretudo ao fim de semana, justificando-se um relativo decréscimo relacionado com as condições meteorológicas que se registaram durante a semana e que condicionaram a visita ao evento”, completou a autarquia.
Entre os dias do evento, o Largo do Romal passou a chamar-se Praça das Famílias (com uma programação infantojuvenil), enquanto o Largo do Poço foi nomeado Praça da Arte e da Criação (com foco no pensamento artístico).
Segundo a CMC, o retorno dos vários agentes que participaram na programação do Largo do Romal foi bastante positivo relativamente à adesão de público e à adequabilidade do espaço à programação promovida.
“No entanto, o mesmo não se refletiu para os livreiros presentes na Praça das Famílias, alegando uma quebra de vendas considerável relativamente à Praça do Comércio” e, neste sentido, “o Município de Coimbra considera repensar o conceito do Largo do Romal na próxima edição da Feira do Livro”.
Já no Largo do Poço (Praça da Arte e da Criação), “o forte envolvimento comunitário e artístico com o ecossistema cultural local revelou-se uma aposta ganha, tendo-se construído um local de tertúlia e de encontro dos vários agentes culturais da cidade, perspetivando-se a continuidade do projeto, introduzindo-se as melhorias necessárias”, acrescentou.
A edição de 2024 “ganhou contornos únicos, apenas alcançáveis através das parcerias estabelecidas com as variadíssimas instituições e agentes culturais e artísticos locais e nacionais”, vincou a autarquia.
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