“Não era costume anunciarmos o festival tão cedo, mas também, como é evidente, não faz sentido nenhum querer trazer público de fora, e principalmente do estrangeiro, apresentando um festival em julho e pondo anúncios em agosto”, adiantou o presidente da associação cultural AngraJazz, José Ribeiro Pinto, numa conferência de imprensa, na quinta-feira, em Angra do Heroísmo.
Segundo o representante da organização do festival, que assinala este ano a 21.ª edição, cerca de 29% do público que marcou presença no AngraJazz em 2018 era de fora da Terceira, sendo 7% do estrangeiro.
“O festival é hoje um marco no calendário nacional e até inclusivamente já é de certa forma reconhecido internacionalmente. Temos feito uma aposta nos últimos anos na divulgação do festival internacionalmente”, salientou.
Orçamentado em 115 mil euros, o AngraJazz ainda não têm todos os apoios públicos confirmados, mas a organização decidiu “arriscar” e apresentar o cartaz mais cedo para poder divulgá-lo na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorre na próxima semana, e em revistas da especialidade, na esperança de atrair mais público nacional e estrangeiro.
O festival arranca no dia 3 de outubro com a orquestra AngraJazz, composta por músicos da ilha Terceira, com a participação especial do pianista e compositor Carlos Azevedo.
No mesmo dia atua o quinteto do saxofonista francês Émile Parisien, acompanhado pelo clarinetista Michel Portal.
O segundo dia do AngraJazz arranca com o projeto Axes do saxofonista português João Mortágua, seguido do quarteto do pianista norte-americano Frank Kimbrough, que toca Thelonious Monk.
O encerramento fica a cargo da banda do cantor e guitarrista nova-iorquino Allan Harris, seguida do quarteto do saxofonista porto-riquenho Miguel Zenón.
Os bilhetes, que estarão à venda a partir do dia 13 de março, têm um custo entre os 12 e os 20 euros para os ingressos diários e entre os 25 e os 50 euros para os pacotes, havendo ainda ingressos a cinco euros para os menores de 25 anos e maiores de 65.
Para além dos três dias de festival, haverá jazz na rua, com nove concertos gratuitos em cafés e espaços culturais, entre 27 de setembro a 5 de outubro, com Wave Jazz Ensemble, Sónia Pereira Trio e o quarteto de João Mortágua.
“É um projeto muito interessante. Parece-nos que é fundamental criar um ambiente de festa à volta do festival”, salientou José Ribeiro Pinto.
Para o vereador da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo Guido Teles, o AngraJazz é “um marco incontornável da oferta cultural” da cidade e atrai um nicho turístico com elevado poder de compra.
“O facto de um festival como este decorrer em outubro, num período que já é de época baixa, é extremamente importante para conseguir dinamizar a nível turístico – um setor que é fundamental para a nossa economia – a cidade, o concelho e a ilha”, frisou.
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