Referindo-se a um quarto de século de carreira, o músico que fez parte, entre outros grupos, dos Madredeus e Sétima Legião, afirmou-se como “um autodidata” que está “sempre a procurar melodias e harmonias”, numa entrevista à agência Lusa.
Esta edição inclui um CD com canções e outro com instrumentais.
O alinhamento do primeiro disco, com 15 temas, inclui canções como “Empty Room”, com Scott Matthew, gravada em 2016, “Rosa”, com Rosa Passos, de 2004, “A Casa”, com Adriana Calcanhotto, de 2000, ou “Passión”, com Lula Pena, também de 2000. Este CD inclui também instrumentais como “JFK Died”, de 2013, “No Sé nada”, de 2009, ou “Perdido”, de 2016.
O segundo disco, constituído apenas por instrumentais, abre com “Cinema”, de 2004, e inclui o inédito “Acaso”, totalizando também 15 temas.
Do alinhamento fazem parte, entre outros, “Gloria Dies”, de 2013, um excerto de “Florestas Submersas”, com o Coro e Orquestra Gulbenkian, de 2015, “O Retiro”, também com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, de 2015, “Imortal”, do mesmo ano, e “Alma Mater”, de 2000.
Fecha o alinhamento deste disco “Ave Mundi”, de 1993, que fez parte do primeiro álbum em nome próprio de Rodrigo Leão, “Ave Mundi Luminar” (1993).
"Há 25 anos, ainda estava a tocar nos Madredeus, e muito, e não imaginava que ia fazer estes temas, nunca imaginei", disse o músico.
“O Aniversário” será também um espetáculo, com uma produção de palco “dirigida ao grande público, que percorrerá todo o repertório, tal como neste álbum, contando com uma formação alargada a dez músicos, que inclui baixo e bateria”, e apresentará, pela primeira vez juntas, em palco, as cantoras Ana Vieira e Selma Uamusse, que regularmente têm gravado com o compositor, disse à Lusa Rodrigo Leão.
“Sinto-me como há 25 anos, a tentar procurar melodias, harmonias, às vezes com grande sofrimento, pois nem sempre aparece a inspiração”, disse o compositor à Lusa, referindo também o “importante trabalho” da equipa de produção e dos músicos com quem trabalha - os músicos, com quem se sente mais perto. E os amigos “são muito importantes para o trabalho final”, afirmou.
Rodrigo Leão adiantou que pretende, “para já, terminar o projeto" que teve com o compositor e cantor Scott Matthew, e que se materializou no álbum “Life Is Long”. Ambos atuam aliás, hoje, em Bruges, na Bélgica.
“Tocaremos juntos em ocasiões muito especiais, porque ele está a preparar um novo trabalho e eu também", disse o compositor e autor da banda sonora do filme “O Mordomo”, de Lee Daniels.
Outro projeto é retomar “Os Portugueses”, a banda sonora para a série televisiva documental “Portugal, um Retrato Social” (2007), de Joana Pontes e António Barreto.
A ideia, adiantou o compositor à Lusa, é apresentar, “a partir de junho”, uma produção de palco “refeita e retrabalhada”, com novos arranjos desta banda sonora. Está também prevista uma edição discográfica restaurada d'“Os Portugueses”, com "material adicional”.
Outro projeto do compositor, “com uma formação mais pequena”, no qual vai apresentar as novas composições, intitula-se “Instrumental – O Ensaio”, que se iniciará em abril e que, em palco, prevê uma forte componente de projeções vídeo.
As novas composições deste projeto serão gravadas num álbum a sair em finais deste ano.
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