No auditório do Museu do Oriente, em Alcântara-Mar, Tereza Salgueiro apresenta o espectáculo “Voltarei à minha terra” mas poderá surpreender "com algum inédito".
Tereza Salgueiro é acompanhada por um novo grupo que integra Carisa Marcelino no acordeão, André Santo na guitarra clássica, Óscar Torres no contrabaixo e Rui Lobato na percussão.
“O título do espectáculo, que já apresentei noutros palcos portugueses, no Brasil e na Sérvia, funciona até como uma metáfora na medida em que procuro voltar à busca de uma sonoridade em que haja menos instrumentos e com a qual me identifique, o que aliás marcou o meu início”, disse a cantora.
Nos concertos de sexta-feira e sábado, Tereza Salgueiro interpretará canções de que gosta e que formaram o seu gosto musical. “Mas – ressalvou – dependendo do alinhamento e da disposição, talvez surpreenda e cante algum inédito”.
No alinhamento do concerto incluem-se “Acordai” de José Régio e Fernando Lopes-Graça, temas de José Afonso como “Fui à Beira do Mar”, “Que Amor não me Engane” ou “Cantigas de Maio”, outros de Fausto, como “Porque não me vês” do álbum “Por Este Rio Acima”, e ainda o fado “Recordação” do repertório de Maria Teresa de Noronha.
O público ouvirá ainda dois instrumentais, um de Carlos Paredes e outro de António Victorino d’Almeida, além do tema “Voltarei à minha terra”, uma letra de Tiago Torres da Silva para uma música de Armandinho, composta na década de 1930.
A ex-vocalista dos Madredeus referiu-se ao grupo que a acompanha como “uma oficina musical” que dirige e de onde sairão os temas originais para o CD que conta “editar ainda este ano” e sobre o qual está “a pensar há quatro ou cinco meses”.
Tereza Salgueiro quer “um regresso com inovação e uma vontade para reinventar uma outra linguagem”.
Depois de Lisboa, “Voltarei à minha terra” será apresentado noutros palcos nacionais, no Brasil e na Polónia, antes de entrar em estúdio.
@SAPO/Lusa
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