A vencedora da edição 2006 do “The X Factor” é da opinião que a indústria da música se foca demasiado na aparência, com os videoclips a roçarem, por vezes e cada vez mais, o limiar do porno.

“A melhor coisa acerca do ‘The X Factor” é que se centra na voz e na personalidade, mas fora do programa, na indústria – para as artistas femininas – tudo gira à volta da aparência”, começou por explicar, continuando: “Pode, por vezes, ser bom abraçares a tua feminilidade e a tua sensualidade, mas, às vezes, com algumas atuações de mulheres, a coisa passa a linha do razoável e roça o porno e é aí que eu penso: ‘O que é que estás para aí a fazer? Isso é ordinário, tem algum respeito próprio’”.

“Eu gostaria de ser uma força positiva para as raparigas jovens. Não sou nenhum anjo – isto é, já li e gostei das ’50 Sombas de Grey’ – mas, quando estou a fazer vídeos, 100% do que me influencia é pensar:‘Estaria confortável com a minha afilhada de seis anos de idade Faith a assistir a isto?' Porque eu já a vi a fazer danças obscenas inadequadas de outros vídeos que ela viu e fiquei do género: ‘Não! Não faças isso’”, explicou.

Sara Novais