Quase dois anos depois de atuar em palcos portugueses, Sílvia Machete está de volta para surpreender os portugueses com a sua voz e capacidades acrobáticas.

«É uma delícia voltar aqui. Tenho uma expectativa boa, de que vou mostrar a ainda mais pessoas o meu trabalho», disse a cantora em entrevista ao SAPO.

Apesar da música ser central no espetáculo de Sílvia, há espaço para números acrobáticos, para a intervenção do público e para cenas teatrais onde o burlesco é rei.

«A música é central, ela está presente no show inteiro e eu tenho uma banda fantástica», conta Sílvia, acrescentando que no espetáculo «não há uma história contínua», mas as músicas ficam ligadas entre si «por transições que são feitas suavemente e que dão o ar de um espetáculo engraçado, leve, de entretenimento».

Aqui é possível ver a cantora a tocar guitarra invisível, a balançar-se num lustre, a deitar-se em cima de um baixo ou irromper em palco vestida de arbusto tropical.

A passagem das artes circenses para a música não foi repentina. Sílvia sempre cantou. No entanto, só no dia em que lhe deram o papel de uma cantora é que se apercebeu que era aquilo que queria fazer da vida. Foi assim que partiu para a gravação do seu primeiro disco, «Bomb of Love – música safada para corações românticos».

«Tudo me influencia, principalmente viagens. Eu fico muito inspirada com as diferenças dos lugares em onde vou. Eu adoro saber o que é que as pessoas acham engraçado no país que visito», conta a artista.

Sílvia confessou-nos ainda que existe uma passagem do seu novo espetáculo inspirada em Portugal: uma entrevista que a cantora faz a si mesma.

«Muitas vezes me perguntaram em Portugal: quem é Sílvia Machete? Eu achei muito engraçado. Não é uma questão de não entender a pergunta, é que é difícil saber quem eu sou. Então coloquei isso no meu show de uma forma muito engraçada», explicou a cantora.

Sílvia diz-se rendida aos país e às pessoas. Apesar de ser um momento em que muitos portugueses não podem gastar dinheiro em lazer, a cantora achou que era uma boa opção vir para cá atuar.

«Eu acho muito importante que num momento destes toda a gente vá sair, rir e ouvir música. Num momento de crise se você for negativo as coisas não vão para a frente».

Mais extravagante em palco que na vida comum, Sílvia contou-nos que não esperava ser premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte, mas assume que este reconhecimento é um grande incentivo para continuar a trabalhar.

Sílvia Machete tem espetáculos marcados em Lisboa (1 de fevereiro no Santiago Alquimista, pelas 22:00), Porto (2 de fevereiro no Hard Club, também às 22:00) e em S. Miguel, nos Açores (4 de fevereiro no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, pelas 21h30.)

@Inês Fernandes Alves