Os Periphery,grupo formado em 2005, em Maryland, a quem são atribuídas as raízes do movimento Djent, surgem em palco a tempo e horas, dando início à primeira atuação da noite. Apesar dos temas eletrizantes - são três as guitarras em palco -e do muito cativante (e persistente)vocalista, a banda não conseguiu mais do que fazer vibrar as filas da frente, que iam mostrando o seuagrado com as faixas do álbum de estreia da banda,ao qual foram buscar Letter Experiment, JetpacksWas Yes, Buttersnips, Icarus Lives e Racecar,com um salto ali, outro acolá. As intervenções do vocalistaSpencer Sotelo - "a próxima canção é mais calma, se a conhecem, cantem comigo" -viriam a dar frutos mais no final do concerto, terminado com um miminho especial - leia-se música -, ausente do repertório da restante digressão europeia.
Terminado o concerto dos Periphery, entre uma ou duas cervejas, a sala começa a lotar, as massas a comprimir, com os mais corajosos a furar, tentando chegar o mais perto do palco possível. Alguns cubos suspensos, onde eram projetadas animações misteriosas, antecipavam a entrada em palco dos Dream Theater, recebidos pelo público português com fortes aplausos, assobios e muitas câmaras, prontas a filmar a qualquer movimentação mais empolgante.
O concerto inicia com uma cover de The Dream Is Collapsing, deHans Zimmer, para logo logo dar vez aos originais da banda, intercalados com um um "Boa noite Lisbon! Good to be back! I remember this venue... We love this venue... We love you!", proferido por umJames LaBrie empolgado. A resposta da plateia não se fez esperar, com o vocalista a confessar, perante a reação,que, cada vez que regressa a Portugal, o espetáculo é "maior e melhor".
O espetáculo viajou entre os temas do mais recente disco do coletivo, como Build Me Up, Break Me Down, BridgesIn The Sky, Outcry, Breaking All Illusions e On The Backs of Angels,e as faixas mais emblemáticas do grupo,como Surrounded, 6:00 ou The Spirit Carries On, alternadas com poderosos solos instrumentais, interpretações acústicas (com os isqueiros da praxe a vaguear ao som de The Silent Man e Beneath The Surface), e guitarras distorcidas até mais não.
A certa altura, sobe ao palco uma bandeira portuguesa, que o vocalista exibe orgulhosamente. "Cheers for these guys", pede James, apontando para Mike Mangini, John Myung, John Petrucci e Jordan Rudess. O público obedece.
O encore, obrigatório perante a euforia da plateia, não se fez esperar ereservou Pull Me Under, do segundo álbum de originais, "Images and Words",parao final.
As melhores fotos aqui:
Periphery
Texto: Joana Bandeira Costa
Fotografias: Paulo Tavares
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