Os nomes dos primeiros 25 artistas confirmados para a próxima edição do MED foram anunciados pela organização, numa apresentação realizada na Bolsa de Turismo de Lisboa e divulgada hoje na página da Internet da autarquia, promotora do festival, que contará este ano com Cabo Verde como país convidado.

A Câmara de Loulé destacou, na informação divulgada na Internet, que o evento se realiza na zona histórica da cidade algarvia e terá “um programa multidisciplinar e multicultural” que vai criar “um ambiente onde se respiram as diversas vivências do mundo”.

A autarquia recordou que, em 2024, Marrocos foi o primeiro país a ter destaque no festival e este ano a escolha recaiu sobre Cabo Verde.

“A música deste país vai, por isso, estar em foco no cartaz do MED, desde logo através da presença de Carmen Souza, que vai fazer um 'show-case' no Cineteatro Louletano, a 10 de maio, durante a apresentação final do Festival MED”, anunciou.

A organização do MED destacou que a artista luso-cabo-verdiana “combina uma virtuosa técnica vocal jazzística com uma série de influências lusófonas, que vão do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo baladas agridoces ou o ‘blues cabo-verdiano’”.

Nascida no Mali, com pais cabo-verdianos, “Ceuzany é a artista que fará o concerto inaugural, ainda antes de o festival abrir oficialmente as portas, na noite de 25 de junho, no Palco Castelo”, agendou o município do distrito de Faro.

Os “embaixadores do funaná” Ferro Gaita também vão voltar a participar no festival algarvio, assim como o músico algarvio de origem cabo-verdiana Dino D’Santiago, que fará um “concerto especial” com Os Tubarões, “um dos grupos mais representativos da música deste país no período de transição rumo à independência e democracia”.

“Dino, filho do concelho de Loulé, dispensa apresentações pelo que é hoje, não só em termos musicais, mas também como ativista pelas causas sociais, estando envolvido em vários projetos ligados à equidade e igualdade social”, realçou o município sobre o músico de origem africana oriundo de Quarteira.

A organização informou que, em 2025, o MED vai apresentar “90 horas de música, 54 concertos, 338 músicos, 27 nacionalidades, duas delas novas (Porto Rico e País de Gales), 12 palcos, 100 expositores de artesanato, duas exposições de arte e 12 grupos de artistas de rua".

Vão também estar presentes Salvador Sobral, que vai fazer uma apresentação com a espanhola Sílvia Pérez Cruz, Carminho, O Gajo & As Sanfonas da Ponte Velha, Stereossauro, Ana Lua Caiano e Pedro Joia, os três últimos num projeto preparado para o festival.

O maliano Vieux Farka Touré, Jeneile Osborne, mais conhecida como Queen Omega, de Trinidad e Tobago, a porto-riquenha iLe, o galês Cerys Hafana, as portuguesas Milhana, A Garota Não, Valter Lobo vão também marcar presença no MED.

Systema Solar (Colômbia), Barrut (França), Balqeis (Egipto), Fulu Miziki (República Democrática do Congo), Sofian Saidi (Argélia), Justin Adams & Mauro Durante (Reino Unido/Itália), Shkoon (Síria /Alemanha), Alain Pérez y la Orquesta (Cuba), Paulo Flores (Angola), Tarwa-N-Tiniri (Marrocos) são os outros nomes confirmados para o MED.