
Com a primeira metade de 2025 a chegar ao fim, a Variety fez um primeiro balanço do que aconteceu nas bilheteiras àos lançamentos mais mediáticos de Hollywood.
Segundo a revista especializada, "Missão: Impossível - O Ajuste de Contas Final" não vai escapar de ficar entre os grandes fracassos comerciais do ano, apesar das elevadas receitas de bilheteira e todo o mediatismo à volta de ser, provavelmente, a última missão de Tom Cruise como o agente Ethan Hunt.
Com as salas a ficarem com cerca de metade das receitas, a conclusão é que os 540,8 milhões de dólares conquistados até agora nas bilheteiras mundiais (a previsão é que chegue aos 650), não serão suficientes para cobrir o elevadíssimo orçamento de 400 milhões, inflacionado pela pandemia e as greves de atores e argumentistas de 2023, e mais de 100 para a sua promoção.
"Se Ethan Hunt voltar para outra missão, precisará aprender a economizar. Isso pode significar trocar aquele submarino nuclear por um Honda Accord", diz a Variety.
Os outros filmes que ficaram no "mau" grupo de resultados para Hollywood tiveram performances nas bilheteiras muito piores: a lista inclui a versão em imagem real de "Branca de Neve" da Disney, com Rachel Zegler e Gal Gadot; "Hurry Up Tomorrow", com a Variety a dizer que The Weeknd falhou de "forma espetacular" a passagem do mundo da música para o cinema; e "The Alto Knights", com Robert De Niro em dois papéis diferentes "num dos maiores flops do ano".
Embora a Variety coloque "Capitão América: Admirável Mundo Novo" entre os "erros caros", é “Elio” que surge já no mesmo "mau" grupo, apesar de ter chegado aos cinemas no último fim de semana, muito por causa de ter sido a pior estreia da história do estúdio Pixar.
São tempos de dificuldade para os filmes de animação original, nota a Variety, que sugere que talvez ainda possa forjar uma trajetória semelhante à de "Elemental", que superou a má estreia e resistiu semanas nas bilheteiras em 2023.
Sem surpresa, o grupo dos grandes sucessos da primeira metade de 2025 junta a versão em imagem real de "Lilo e Stitch"; "Pecadores", de Ryan Coogler e com Michael B. Jordan a provar o seu poder de estrela no papel de gémeos; "Um Filme Minecraft", com Jason Momoa e Jack Black; "O Último Destino: Descendência", o mais recente capítulo da saga de terror após uma paragem de 14 anos e povoado de atores pouco conhecidos com direito a mortes espetaculares; e a comédia romântica "O Match Perfeito", com Dakota Johnson, Pedro Pascal e Chris Evans, que a Variety diz estar a caminho de ser um raríssimo sucesso vindo do cinema 'arthouse'.

Existe ainda um terceiro grupo, chamado de "Meh", que junta filmes que, apesar das expectativas, "não aqueceram nem arrefeceram" as bilheteiras, mas conseguiram ganhar o suficiente para escapar da etiqueta de serem "flops".
Aqui surge outro filme da Marvel de 2025, "Thunderbolts", e ainda a acção de "Do Universo de John Wick: Ballerina", com Ana de Armas; o sofisticado 'thriller' de espionagem "Black Bag", de Steven Soderbergh e com Cate Blanchett e Michael Fassbender; o 'thriller' "O Amador", o primeiro filme protagonizado por Rami Malek após ganhar o Óscar por "Bohemian Rhapsody"; e a sequela "The Accountant 2 - Acerto de Contas", que voltou a juntar Ben Affleck, Jon Bernthal e ação explosiva.
Segundo a Variety, as boas notícias é que houve uma melhor combinação de títulos para chegar a diversos públicos na primeira metade de 2025, contribuindo para as vendas de bilhetes estarem 18% acima em relação a 2024, de acordo com a empresa de análise Comscore.
Por outro lado, a indústria ainda não regressou aos anos pré-pandemia: as receitas estão 26% abaixo em relação a 2019.
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