Agora integrada na Disney, a saga "Star Wars" continua a marcar passo no cinema, mas não foi há muitos anos que a hipótese de fazer um filme na "galáxia muito, muito distante" atraia grandes nomes de Hollywood, desde os criadores da série "A Guerra dos Tronos" aos realizadores Taika Waititi, Patty Jenkins ou James Mangold, e até o produtor Kevin Feige, presidente da Presidente da Marvel Studios.

Quem nunca surgiu na lista foi Denis Villeneuve, apesar dos pergaminhos na ficção científica com "O Primeiro Encontro" (2016) e "Blade Runner 2049" (2017).

Atualmente pelo planeta Arrakis da galáxia "Dune", o realizador explicou o desinteresse pela saga criada por George Lucas com a enorme desilusão que sentiu com a sequela "O Regresso de Jedi" em 1983.

“Eu era o público-alvo. Tinha 10 anos. Entrou pelo meu cérebro como uma bala de prata. Fiquei obcecado por 'A Guerra das Estrelas'. Ou seja, [a sequela] 'O Império Contra-Ataca' [1900] é o filme que mais ansiei na minha vida. Vi-o imensas vezes no grande ecrã. Fiquei traumatizado por 'O Império Contra-Ataca'. Adoro 'Star Wars'", contou Villeneuve no podcast "The Town" (citado pela The Hollywood Reporter).

Mas acrescentou logo a seguir: "O problema é que tudo descarrilou em 1983 com 'O Regresso de Jedi'”.

E continuou: “É uma longa história. Tinha 15 anos e o meu melhor amigo e eu queríamos apanhar um táxi e ir a Los Angeles e falar com o George Lucas — estávamos tão zangados! Ainda hoje... os Ewoks. Acabou por ser uma comédia para miúdos".

Na opinião de Villeneuve, "'Star Wars' acabou por se cristalizar na sua própria mitologia, muito dogmática, parecia uma receita, sem mais surpresas. Portanto, não ando a sonhar em fazer 'Star Wars' porque parece que o código é muito codificado.”