Michael Keaton não se deixou afetar quando a nova liderança do estúdio Warner Bros. Discovery cancelou o filme "Batgirl".

Assumida como uma manobra de contabilidade para pagar menos impostos, a produção da dupla de realizadores Adil El Arbi e Bilall Fallah (saga "Bad Boys") com um orçamento de 90 milhões destinada à plataforma HBO Max estava praticamente terminada e apresentava Leslie Grace como a protagonista e ainda Brendan Fraser e J.K. Simmons, além do regresso de Keaton ao papel de Batman.

A decisão conhecida em agosto de 2022 provocou ondas de choque que extravasaram as fronteiras de Hollywood, mas nada que tenha perturbado o ator, um veterano com muitos anos de experiência na indústria.

"Não, estive-me nas tintas. Grande, divertido, bom cheque", resumiu com pragmatismo numa nova entrevista à revista GQ, que relata que a declaração foi acompanhada do gesto de esfregar os dedos, universalmente associado ao dinheiro.

Apesar da posição, Keaton teve palavras de simpatia para os realizadores belgas: "Gosto deles, são bons tipos. Torço por eles, quero que tenham sucesso, e acho que se sentiram muito mal, e isso fez-me sentir mal".

Mas acrescentou: "Eu? Estou bem".

Keaton acabou por regressar como Batman em "The Flash", o filme da DC lançado no início de junho de 2023 protagonizado por Ezra Miller que foi um fracasso de bilheteira.