Nem sempre acho que os títulos dos episódios sejam muito adequados, mas este serviu o propósito que nem uma luva!
Em risco sério de colapso está a relação de Meredith e Derek. Os dramas deles começam a ser um bocado Callie/Arizona e isto não é muito bom sinal, mas admiro a ousadia de Shonda Rhimes por estar a destruir outro dos casais preferidos da série. Aquela relação está a atingir um nível de desgaste tão grande, de ressentimentos, de tudo o que é mau… Mas tenho dúvidas de que o Derek tenha de facto ligado à assistente do Presidente para aceitar o trabalho. Acho que foi bluff para testar a Meredith, mas não estou completamente segura. A péssima tensão entre eles começa a meter-se no meio do trabalho e a envolver outros médicos, nomeadamente Maggie e Richard. É melhor afastarem-se do fogo cruzado, pessoal!
Em risco óbvio está a Dr.ª Herman – sabemos agora que o primeiro nome dela é Nicole. A Arizona é insistente, minha nossa! Mas apreciei a tentativa dela de se “envolver” na situação da Herman, de ajudá-la. Na maior parte do tempo, pareceu apenas metediça, mas não foi só isso, foi ela a ser querida. Impagável o ar de vómito que fez quando apanhou a Herman a dormir com o Graham. Aposto que eu fiz a mesma cara quando vi a Arizona a dormir com a Boswell.
Mas como é que eu adivinhava que alguém ia achar que conseguia operar o tumor inoperável que a Herman tem no cérebro? Porque “Grey’s Anatomy” é previsível nestas coisas! E estamos habituados a que um Shepherd seja o herói, só que desta vez é a minha Shepherd preferida, Amelia, a oferecer uma possível “salvação”. É impressão minha ou ela e o Owen estão a ficar próximos? Pareceu-me haver ali um ligeiro clique e não sei se o possível parzinho me agrada.
A Callie e a Arizona também tiveram um pseudo momentozinho. Nada de especial, simplesmente estavam as duas assoberbadas, Callie com o trabalho com os soldados e Arizona por causa de Herman e não só, e falaram.
Arizona: “Do you miss me at all?”
Callie: “Of course”.
Arizona: “Just not enough”.
Estou a tentar tecer um comentário em relação a isto, mas não consigo. Percebo a Arizona, mas também compreendo muito bem a Callie, mas acho que as coisas agora se devem manter assim. Elas não têm condições para estar juntas, por muito que tenha torcido por elas. Que já não torço.
Como este episódio marca o último antes do hiato, alguma tragédia tem de se aproximar, certo? Os infelizes contemplados são April e Jackson. Isto, se a opinião médica da Stephanie, da Arizona e, mais importante, da Dr.ª Herman se confirmar. Diagnóstico: osteogénese imperfeita. Já sabem que os pormenores médicos me costumam escapar, mas por acaso até conheço um pouco sobre esta doença e é terrível. É terrível e se se confirmar, o bebé ou morrerá depois de nascer (isto se chegar a nascer), ou terá uma vida terrível de sofrimento, com os ossos a quebrarem-se por motivo nenhum. Já tremo só de pensar na Arizona a contar à April. Vai ser um golpe muito duro para a April e o Jackson e apesar de não ser grande fã deles, posso dizer que estou verdadeiramente triste. Não há uma única gravidez nesta série que decorra sem dramatismos. Simplesmente não acontece!
Um bom episódio, de longe muito superior ao episódio que encerrou a primeira parte da temporada anterior. Não deixa muita coisa em aberto, mas já estou à espera que venha o próximo, num Janeiro longínquo!
Nota: 8,5/10
Diana Sampaio.
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