No seu programa na NBC, Megyn Kelly disse ter enviado um e-mail para diversos executivos da Fox News em novembro de 2016 para expressar a sua indignação com o suposto comportamento de O'Reilly.
No passado sábado, o The New York Times (NYT) tinha relatado que em janeiro O'Reilly, que foi demitido, fez um acordo de 32 milhões de dólares com a assessora legal da Fox, Lis Wiehl, por uma acusação de assédio sexual. Meses depois ofereceram-lhe um novo contrato, mas O'Reilly foi novamente forçado a sair depois de o NYT revelar detalhes de outros cinco acordos.
Kelly, que entrou na NBC no início deste ano, disse que mencionou os acordos entre o apresentador e as mulheres no seu e-mail, afirmando que a direção estava ciente deles. Também disse que Bill Shine, copresidente da Fox News na altura, lhe ligou para dizer que "trataria de Bill O'Reilly".
No podcast "The Daily" do NYT, alguns dias antes da notícia de sábado ser publicada, O'Reilly insistiu que nunca teve uma queixa apresentada contra ele por um colega de trabalho em 43 anos.
O porta-voz Mark Fabiani defendeu a conduta de O'Reilly no sábado.
"Nos mais de 20 anos que Bill O'Reilly trabalhou na Fox News, nenhuma queixa foi feita contra ele por um colega de trabalho no Departamento de Recursos Humanos ou no Departamento Legal, mesmo anonimamente", disse em declaração publicada no site de O'Reilly.
A 21st Century Fox disse à AFP que tomou medidas para "transformar" a Fox News, incluindo "melhorar os canais através dos quais os funcionários podem reportar assédio ou discriminação".
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