Foi ao som de uma reinterpretação da canção “Homem do Leme” e com os modelos estáticos a cruzar os braços para fazer o ‘X’ que simboliza a banda que encerrou o segundo dia de desfiles e o terceiro da ModaLisboa, no Pavilhão Carlos Lopes.
Falando à agência Lusa, Nuno Gama explicou que optou por homenagear o fundador dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, que faleceu em novembro vítima de doença prolongada, porque “é uma obrigação de todos”.
“De agradecer às pessoas que fazem parte da nossa cultura, que nos marcam e que fazem a diferença”, precisou.
O desfile começou com uma invasão de caretos de Podence, de Trás-os-Montes, e durante a apresentação sobressaiu, entre os coordenados clássicos e desportivos, de tons azuis, roxo, bege com apontamentos de cor, a tradicional capa de honra mirandesa, que inspirou outros sobretudos.
Nuno Gama afirmou à Lusa que, em 2011, “já tinha mexido” nestes dois materiais típicos portugueses e que aproveitou os 25 anos da marca para os “reinterpretar”.
Ainda assim, admitiu que é necessária dedicação, já que as capas de honra não são “metidas na máquina, há alguém que está ali de tesourinha a cozer as peças horas a fio”.
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