A mostra, intitulada “WAH! (We are here!/Estamos aqui!)”, vai poder ser visitada até ao dia 1 de julho e marca o arranque da programação para este ano do Centro de Arte e Cultura (CAC) da FEA, subordinado ao tema “Periferias”.
A iniciativa, a inaugurar às 17:30 de sábado, tem curadoria de José Alberto Ferreira, o novo diretor do CAC, espaço da fundação dedicado à arte contemporânea e antes designado como Fórum Eugénio de Almeida, explicou a FEA.
“WAH!”, assinalou a organização, é “inteiramente dedicada às mulheres” e mostra trabalhos de 20 artistas portuguesas que têm “alguma relação com o Alentejo”.
Alice Geirinhas, Célia Domingues, Carlota Jardim, Clara Menéres, Cristina Oliveira, Cristina Tavares, Coca Froes David, Estrela Faria, Joana Gancho, Leonor Serpa Branco, Margarida Lagarto, Maria Leal da Costa, Marta de Menezes e Noémia Cruz são algumas das artistas representadas.
As outras são Rita Vargas, Sónia Godinho, Susana Marques, Susana Pires, Susana Piteira e Virgínia Fróis, acrescentou a organização.
Nesta mostra, que preenche “as salas e o Jardim Norte” do CAC, referiu a fundação, o público vai poder apreciar escultura, desenho, bio-arte, instalação, vídeo, pintura, gravura e fotografia.
“WAH!” tem como objetivo contribuir para a reflexão sobre “as questões que presidem ao debate sobre a presença/ausência da criação feminina nos circuitos e instituições da arte”, disse a FEA.
Segundo o diretor do CAC, que assumiu o cargo em janeiro, pretende-se, “justamente, colocar no centro do sistema da arte uma das mais periféricas” das suas componentes, ou seja, “a criação com assinatura feminina”.
“Esta é uma história longa de séculos que se não vê aqui encerrada. Mas colhe-se a oportunidade para deslocar para o centro que é o CAC uma representativa amostragem da criação de mulheres artistas portuguesas”, afirmou José Alberto Ferreira.
Os nomes escolhidos para a exposição, assumiu o curador, têm um elo comum, o facto de terem uma “estreita ligação com o Alentejo”, seja por trabalharem ou terem trabalhado na região, seja por serem alentejanas ou terem “uma inscrição afetiva” com este território.
Assim, devido a esse critério “relacional” que presidiu à seleção, indicou, é possível encontrar na mostra “jovens artistas como Carlota Jardim, Joana Gancho, Susana Pires ou Sónia Godinho, ao lado de figuras emblemáticas da criação artística portuguesa contemporânea como Clara Menéres, Alice Geirinhas, Susana Piteira ou Marta de Menezes”, entre outras.
José Alberto Ferreira fez ainda uma “referência especial” à obra de Estrela Faria (1910-1976), artista natural de Évora e “figura nuclear do 2.º modernismo” em Portugal, mas “cujos percurso e trabalhos continuam por conhecer e estudar”, sendo a exposição “WAH!” uma oportunidade para os “desvelar um pouco”.
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