Segundo Laeticia Hallyday, estes “projetos estavam no coração" do cantor, que morreu a 5 de dezembro de 2017, aos 74 anos, na sequência de um cancro.
O álbum póstumo de Johnny Hallyday, "Mon pays c'est l'amour" ("O meu país é o amor"), já vendeu 300 mil cópias desde sexta-feira.
Questionada sobre a forma de honrar a memória de um homem que influenciou gerações de franceses, Laeticia Hallyday afirmou que projeta constituir um museu e uma escola de música, mas sem ter dado detalhes, designadamente a localização e prazos.
"Quero continuar para fazê-lo viver, continuar a viver a sua arte, a sua paixão... ", disse.
"Temos muitos projetos, com toda a sua equipa, um museu, uma escola de música ... Projetos que foram importantes para ele durante a sua vida, vamos tentar construir esta escola de música", disse.
O 51.º álbum do antigo ídolo foi colocado no mercado pela Warner Music France com uma tiragem de 800 mil exemplares.
Na loja da FNAC nos Campos Elísios, em Paris, segundo a agência de notícias France-Presse, os admiradores do cantor começaram a chegar às 21:30 na passada quinta-feira e ficaram - atrás de barreiras de segurança - à espera da abertura das portas para adquirir a obra, disponível em três edições: CD simples, CD de colecionador com tiragem limitada, e vinil.
Passado um minuto da meia-noite (23:01 em Lisboa), o serviço da FNAC deixou entrar os primeiros 20 clientes na loja, dando passagem gradual aos fãs.
Ao mesmo tempo, Laeticia Hallyday colocou mensagens nas contas pessoais das redes sociais Instagram e Twitter para marcar o acontecimento: "A ti/Aos nossos amores/Aos teus amores/À tua fúria de viver/À liberdade de pensamento/ À tua música/Amo-te para sempre".
Para disponibilizar este tão aguardado disco por parte dos fãs, várias lojas abriram as suas portas na madrugada de quinta-feira para sexta-feira noutros locais de França.
Conhecido como o “Elvis Presley francês”, foi sempre comparado em França com o músico norte-americano, tendo sido precisamente o tema “Loving You”, do seu ídolo Elvis Presley, que o levou a decidir ser cantor e a tocar em estabelecimentos noturnos.
Johnny Hallyday publicou em 1960 o primeiro álbum, “Hello Johnny”, e um ano depois, saiu o seu grande êxito discográfico, uma versão francesa de “Let's Twist Again”, intitulada “Viens Danser le Twist”, que se tornou disco de ouro.
A partir de então, consolidou a sua popularidade, vertendo temas clássicos do rock&roll para francês, e publicou álbuns como “Jeune Homme, Rivière... Ouvre ton Lit y Vie”.
Hallyday foi uma das maiores estrelas francesas, com uma carreira de mais de 50 anos e mais de 900 canções, com 100 milhões de discos vendidos.
Entre os seus temas de rock&roll contam-se “Rester vivant”, “Oh Carole” ou “Noir c'est Noir”, a versão francesa de “Black is Black”, da banda Los Bravos. Também “Au Café de l'Avenir”, “Oh! ma jolie Sarah”, “Gabrielle”, “La fille de l’été dernier”, “Allumer le feu” ou os clássicos “Mystery Train” ou “Blue Suede Shoes”, foram outros dos seus êxitos que lideram tabelas de vendas em França e noutros países francófonos.
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