Numa declaração divulgada na quarta-feira, a artista adiantou que se encontrou com Putin “apenas uma mão-cheia de vezes” em toda a sua vida, principalmente em eventos para receber prémios em reconhecimento da sua arte ou na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi (Rússia).
A soprano foi escolhida para cantar o hino olímpico na cerimónia de abertura do evento desportivo.
“Não sou membro de nenhum partido político, nem sou aliada de nenhum líder na Rússia”, disse Anna Netrebko.
“Reconheço e lamento que ações passadas ou declarações minhas possam ter sido mal interpretadas”, observou.
A artista referiu ainda que nunca recebeu apoio financeiro do Governo russo e lembrou que reside na Áustria.
“Depois da minha pausa, vou voltar a exibir-me no final de maio, inicialmente na Europa”, salientou, sem adiantar mais pormenores.
A cantora de ópera, de 50 anos, havia expressado no início de março que era contra o conflito russo-ucraniano, anunciando uma pausa nos espetáculos.
“Não é hora de fazer música e me exibir”, disse Anna Netrebko na ocasião.
Isso aconteceu após uma publicação no Instagram, na qual condenou a guerra e afirmou que “forçar artistas ou qualquer figura pública a expressar as suas opiniões em público e denunciar” não era “correto”.
A Anna Netrebko recebeu a honra de Artista do Povo da Rússia do Presidente russo, Vladimir Putin, 2008.
A soprano iria atuar em março na Filarmónica de Elba, em Hamburgo (Alemanha), na Scala, Milão (Itália), e em Zurique (Suíça). Anna Netrebko também desistiu do espetáculo marcado na Ópera Metropolitana de Nova Iorque (Estados Unidos).
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