Na opinião do crítico literário Alexandre Pinheiro Torres, este “será, talvez, mais que nenhum outro, o romance da ‘destruição’ do homem, que surge, mais ou menos complexadamente equacionada, um mundo velho que se desagrega em bloco; ou o romance da solidão, da angústia e da inação”.
O escritor, natural de Vila Franca de Xira, é apontado como o iniciador do neorrealismo em Portugal, com a publicação de “Os Gaibéus”, em 1939.
António Alves Redol foi um opositor da ditadura, que caiu em 1974, tendo sido preso pela PIDE. Militou no Movimento de Unidade Democrática, ao lado de outros intelectuais, como Fernando Piteira Santos. Em 1948 participou no Congresso dos Intelectuais para a Paz, que se realizou na Polónia.
Da sua obra destacam-se, entre outros, os romances "Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos", "Fanga" e "Barranco de Cegos", que Mário Dionísio prefaciou.
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