"É [um prémio] importante porque é um reconhecimento dos pares, somos nomeados pelos editores presentes na feira e é também importante, porque são onze anos da Orfeu Mini, a trabalhar na escolha de autores, a tratar os livros com amor", sublinhou.
A Feira do Livro Infantil de Bolonha criou em 2013 um prémio que reconhece o trabalho das mais inovadoras editoras de livros ilustrados para crianças e jovens, em diferentes áreas geográficas, tendo a Orfeu Negro sido distinguida como a melhor da Europa.
Fundada em 2007 e dedicada sobretudo ao ensaio, privilegiando as artes contemporâneas, da dança à fotografia, a Orfeu Negro criou em 2008 a coleção Orfeu Mini só dedicada ao livro ilustrado para os mais novos, e foi por esse trabalho literário que recebeu agora o prémio.
Em onze anos, a Orfeu Negro editou cerca de uma centena de livros ilustrados, a maioria de autores estrangeiros, com destaque para Oliver Jeffers, John Klassen, Davide Cali, Benjamin Chaud, Ana Pez, Manuel Marsol e Carson Ellis.
Há ainda alguns autores portugueses presentes no catálogo da Orfeu Negro, nomeadamente Catarina Sobral, Madalena Moniz, Carolina Celas e Mariana Malhão.
Carla Oliveira considera que a Orfeu Negro é "uma editora de pormenores", que edita livros com ilustração contemporânea e com um tipo de texto que não é um mero espelho da realidade, à luz de uma curadoria que se estende do plano editorial à venda livreira, com a livraria Baobá, em Lisboa.
O catálogo da Orfeu Mini foi inaugurado em 2009 com "O livro inclinado", de Peter Newell, e "Greve", de Catarina Sobral, de 2011, foi o primeiro título português da editora.
O livro ilustrado de maior sucesso da editora é "O incrível rapaz que comia livros", de Oliver Jeffers, que já vendeu cerca de 20 mil exemplares.
A 56.ª edição da feira de Bolonha decorrerá até quinta-feira. Este ano a Suíça é o país em destaque.
Em 2013, na primeira edição, o prémio de melhor editora da Europa foi atribuído à editora portuguesa Planeta Tangerina. A Pato Lógico esteve nomeada em 2016.
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