A opereta “L’Étoile”, de Emmanuel Chabrier, estreia no dia 1 de abril, segundo o programa do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) decorreu já uma reunião com o conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), que tutela o TNSC e a Companhia Nacional Bailado (CNB) e reúnem-se na próxima terça-feira com a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
“As ilações retiradas destas reuniões confirmarão, ou não, a necessidade de recorrer à greve”, afirma o CENA-STE.
Ouvido pela agência Lusa, André Albuquerque, dirigente sindical, disse que “estas reivindicações derivam da falta de investimento do estado na cultura, e que leva à falta de condições de trabalho”.
Segundo o dirigente "há a necessidade de equiparar o vencimento base dos técnicos do TNSC ao dos técnicos que na CNB desempenham funções similares”.
Por outro lado, o sindicato quer “uma análise profunda a todo o material técnico de modo a criar um plano de recuperação e substituição que permita desenvolver o trabalho nos ensaios, espetáculos e áreas de apoio garantindo a segurança dos trabalhadores e também do público”.
Para o Cena-STE, há que “exigir o cumprimento das normas de segurança e higiene no trabalho”.
Segundo disse André Albuquerque, da reunião tida na passada quinta-feira com o conselho de administração, ficou a “firme convicção de que se irá realizar esta análise em colaboração com os trabalhadores e os seus representantes, assumindo que ela é fundamental para as duas casas que tutelam”.
Para o Cena-STE, “é preciso terminar de uma vez por todas com as limitações governativas às progressões de carreira, contratações, promoções e revisões salariais”, já que, explicou André Albuquerque, é ao ministério das Finanças que cabe equiparar os salários destes trabalhadores, uma vez que tanto o Opart como o ministério da Cultura já “deram o parecer positivo”.
Em 2009, e por acordo entre o sindicato e o Opart, os técnicos do TNSC, como parte de um compromisso alargado, aceitaram um vencimento base equiparado ao dos técnicos com funções similares da CNB mas proporcionalmente inferior visto que estes trabalhariam 40 horas semanais e os do TNSC 35 horas semanais, logo com a redução do horário de trabalho dos técnicos da CNB em setembro de 2017 para as 35 horas semanais, “o Opart não tem cumprindo o princípio de trabalho igual, salário igual”, conclui o sindicato.
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