Propondo-se ajudar também o projeto "Apadrinhe esta Ideia", com que a associação local Ecos Urbanos angaria bens para famílias carenciadas, o evento está anunciado para o recinto da incubadora Oliva Creative Factory, e contará ainda com as atuações de Throes + The Shine, Stone Dead, Solar Corona, Fugly, Zulu Zulu, El Señor e Go'el.
"Em 2017, o valor total que reverteu para estas duas instituições foi de 5500 euros", revelou à Lusa fonte da organização da iniciativa. "Este ano iremos apurar esse valor no final, depois de saldarmos todas as despesas", acrescentou.
Essa receita dependerá assim do número de bilhetes vendidos, a nove ou 12 euros consoante a data de aquisição, mas em ambos os casos os espectadores do Porto terão possibilidade de deslocar-se em autocarro gratuito ate à Oliva, beneficiando para isso de dois 'shuttles' de ida e volta que a Junta de Freguesia de São João da Madeira disponibilizará para o efeito.
Quanto ao cartaz do evento, o destaque vai o artista que se popularizou como vocalista dos Ornatos Violeta, mas que, ao longo da sua carreira, também se dedicou a projetos como Pluto, Supernada, Foge Foge Bandido e Estação de Serviço. A organização do Party Sleep Repeat defende, aliás, que "poucas figuras da história da música portuguesa se aproximarão do emblemático Manel Cruz", reconhecendo-o como "um dos mais naturais contadores de estórias" da música nacional.
Já os Throes + The Shine, também em palco na Oliva, combinam origens do Porto e de Luanda, num registo que tem como base "a fusão do kuduro com o rock", mas que se estende a "uma multitude de culturas que podem ir de África à Europa ou da América do Sul aos Estados Unidos".
Outros artistas esperados no dia 21 de abril: Stone Dead, com rock de "som puro e duro"; Solar Corona, também com um rock empenhado em "rasgar consciências e preconceitos"; Fugly, "à boleia do noise e do garage" em estilo millennial; El Señor, "mais do que uma banda de verão" vinda do Minho; Go'el, projeto de música experimental eletrónica em que dois músicos procuram soar como 100; e os espanhóis Zulu Zulu, cujos ritmos africanos cruzam "melodias pop, rock progressivo e variantes psicadélicas".
Contando ainda com a performance dos DJ Cosmonauta17, Adão e Le Cirque du Freak, o Party Sleep Repeat é definido pela respetiva organização como "um festival de tributo a Luís Fernandes Lima", jovem de São João da Madeira que, tendo falecido vítima de cancro em 2012, é recordado como "um amigo profundamente interessado e proativo em relação à cultura e à solidariedade".
Da sua morte resultou a Associação Cultural Luís Lima, que em 2013 assumiu a organização do Party Sleep Repeat e pouco depois já via a iniciativa reconhecida internacionalmente, primeiro com o título de Melhor Festival Indoor da Península Ibérica, em 2016, e depois com o de Melhor Festival de Pequena Dimensão de Portugal, em 2017.
Este ano o evento também já foi distinguido nos Iberian Festival Awards como o Melhor Festival Ibérico de Pequena Dimensão.
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