A programação, hoje apresentada aos jornalistas pelo diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, inclui vários ciclos já habituais e a entrada de uma “nova linha”, o ciclo “Grandes Canções Orquestrais”.
Na Páscoa, esta instituição apresenta duas “Stabat Mater”, a primeira de Dvórak, com a Orquestra Sinfónica do Porto, o Coro e o Coro Infantil Casa da Música, no dia 13 de abril, com a soprano portuguesa Eduarda Melo nos solistas, seguindo-se a Orquestra Barroca residente, com a partitura de Pergolesi, já nas “Grandes Canções Orquestrais”, no dia 17, marcando a estreia do contratenor britânico Iestyn Davies.
O “Música & Revolução” chega de 27 a 30 de abril e apresenta concertos da Sinfónica, do Coro e do Remix Ensemble, arrancando com o “Poema Sinfónico para 100 metrónomos”, com uma centena de dispositivos mecânicos a tocarem em simultâneo, mas a ritmos diferentes, no espaço Cibermúsica, a 27, explorando uma “obra de arte conceptual” de Ligeti.
Nessa tarde, pelas 18:00, o Remix Ensemble explora o concerto de câmara e o concerto para violoncelo, seguindo-se a Sinfónica, na segunda parte, explorando “Lontano”, “Apparitions” e excertos da ópera “Le Grand Macabre”, com a soprano sueca Susanna Andersson.
O programa inclui ainda exploração de outras peças do compositor húngaro, que disse ter composto “numa prisão: uma parede é a ‘avant-garde’, a outra é o passado”, no dia 28, com o pianista Pierre-Laurent Aimard ao lado do Remix, antes de o francês explorar, no dia 30, os “Estudos para piano” e “Musica Ricercata”.
Maio arranca com o Spring ON!, festival dedicado “às novas tendências do jazz, com concertos duplos de músicos estrangeiros e portugueses”, além de um programa, no dia 03, dedicado ao artista em residência para 2019, o compositor, clarinetista e maestro Jorg Widmann.
Pelas 21:00, Widmann dirige a Sinfónica com peças de Mendelssohn, a abertura de “As Hébridas” e a terceira Sinfonia, e o concerto para clarinete e orquestra de Mozart, em que vai tocar.
Segue-se um programa dedicado à peça “Danças do Dubai”, de que é autor, no dia 11, com obras do norte-americano John Adams, do alemão Wolfgang Rihm, uma das inspirações de Widmann, e ainda do português Luís Tinoco.
Na celebração do “Rito da Primavera”, assim lhe chama a programação, há ainda espaço para outro programa habitual, o ECHO Rising Stars, com concertos de músicos e agrupamentos de câmara escolhidos pela European Concert Hall Organisation (ECHO), de que a Casa da Música faz parte.
Em maio, há ainda uma colaboração entre a Sinfónica e a Orquestra Jazz de Matosinhos, no dia 18, que inclui a estreia em Portugal da quinta Sinfonia do estónio Erkki-Sven Tüür, além da celebração do aniversário de Helena Sá e Costa (1913-2006), com dois dias, pela primeira vez, para a maratona de pianos de alunos de escolas vocacionais, a 25 e 26, após o “recorde de mais de 700 jovens pianistas” em todos os espaços da Casa.
Em junho, o destaque vai para o programa “Estado da Nação, com quatro concertos de “jovens valores portugueses” e que passa por obras de 18 compositores nacionais, incluindo a estreia mundial, de forma póstuma, do concerto para piano e orquestra de Clotilde Rosa (1930-2017), no dia 08.
No primeiro dia do mês, a segunda sinfonia do norte-americano Leonard Bernstein faz a ligação ao Novo Mundo, tema para 2019, com obras do argentino Alberto Ginastera e do mexicano Carlos Chávez.
O programa para os três meses inclui dezenas de concertos, como o regresso da Orquestra Gulbenkian, pela primeira vez com o maestro titular, o suíço Lorenzo Viotti, ou a sexta edição do Prémio Internacional Suggia/Casa da Música, no final de junho.
Nota ainda para a continuação da Integral das Sinfonias de Tchaikovski, além do programa “Ao Alcance de Todos”, do Serviço Educativo, em torno do teatro musical e com duas peças em abril, uma com o Centro Integrado de Apoio à Deficiência e outra com utentes do Serviço de Reabilitação Psicossocial do Hospital Magalhães Lemos.
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