Nascido em Glasgow, em 1952, “filho de um contrabaixista da Orquestra Sinfónica de Londres, Oliver Knussen foi um menino prodígio que começou a compor com apenas seis anos de idade”, segundo a biografia existente na página da Casa da Música, que acolheu várias das suas peças em 2017, ano dedicado ao Reino Unido na instituição sediada no Porto.

“Aos 15 anos dirigiu a sua própria Primeira Sinfonia no palco do prestigiado Royal Festival Hall. Estavam, assim, lançadas as suas carreiras de maestro e de compositor, atividades nas quais permanece uma das figuras mais reconhecidas a nível internacional”, acrescenta o mesmo texto.

A sua última atuação pública deu-se em junho, no Festival de Aldeburgh - que o homenageou -, quando dirigiu o ensemble do festival na estreia britânica de “Three Songs from The Holy Forest”, de Harrison Birtwistle.

"As suas composições tinham tanta força, economia e clareza. Promoveu altruisticamente a música de outros compositores e foi um homem encantador, atencioso e envolvente, que fará muita falta a todos", disse responsável pelos Proms da BBC, Alan Davey, citado pelo The Guardian.

Por seu lado, o compositor e maestro Ryan Wiggleworth afirmou que "Olly foi o maior mentor possível, o amigo com o maior coração".

Uma das suas principais peças resultou de um trabalho conjunto com Maurice Sendak, para a criação de duas óperas baseadas nos livros “Onde Vivem os Monstros” e “Higglety Pigglety Pop!” (inédito em Portugal).

Maestros como Daniel Barenboim, Gustavo Dudamel e Esa Pekka Salonen já dirigiram as suas composições, tendo o Barbican organizado um festival em 2012, para assinalar os seus 60 anos.