“A Quetzal cumpre o doloroso dever de informar que morreu o tradutor José Vieira de Lima, a quem a edição e os leitores portugueses tanto devem”, lê-se no comunicado hoje divulgado.
A editora refere que Vieira de Lima “pertence a uma geração notável de tradutores que percorreu não só vários idiomas, mas também, um feliz grupo de autores, transpostos para a nossa língua”.
O tradutor colaborou com diferentes editoras, ao longo da carreira, como a Difel, Publicações D. Quixote, Edições 70, Relógio d’Água, Fragmentos, Círculo de Leitores e Editorial Presença, além da Quetzal.
Segundo esta editora, José Vieira de Lima nasceu em 1951, em Almada, no distrito de Setúbal, onde, na adolescência, esteve ligado à criação de um cineclube.
Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi jornalista, durante 15 anos, tendo trabalhado na agência noticiosa France-Presse e, desde 1986, dedicou-se à tradução literária, tendo passado para português autores como Sam Shepard, V.S. Naipaul, Henry James, Julian Barnes, Edith Wharton, Martin Amis, Edmund White, John Le Carré, Marguerite Duras, Hanif Kureishi, Colm Tóibín, Dick Bogarde, Isabel Allende, Salman Rushdie, Allan Hollinghurst, Colleen McCullough, Paul Auster, David Leavitt ou Samuel Beckett.
“Beckett, sobretudo ‘Happy Days’, foi precisamente, como em tempos afirmou, o autor que mais gostou de traduzir”, segundo a Quetzal.
"O Livro das Ilusões" e "Homem na Escuridão" e "A Noite do Oráculo", de Paul Auster, "A Casa da Rússia", de John le Carré, "Harun e o Mar de Histórias", de Salman Rushdie, "A Curva do Rio", de V. S. Naipaul, "A boa mãe", de Sue Miller, "A Vida Privada de Um Rapaz", de Edmund White, "O navio-farol de Blackwater", de Colm Tóibín, "O Círculo Fechado", de Jonathan Coe, "Enquanto a Inglaterra dorme", de David Leavitt, "Atravessando o Paraíso", de Sam Shepard, estão entre as dezenas de autores que traduziu.
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