"2017 é um ano especial, porque celebramos 10 anos e quisemos ter uma programação mais ambiciosa com duas orquestras internacionais convidadas, a Orquestra da Extremadura e a Mahler Chamber Orchestra, que é uma das melhores orquestras do mundo, que surgem do objetivo iniciado em 2016 de internacionalizar a Temporada", disse o compositor e diretor artístico Nuno Côrte-Real.
Ao fim de 10 anos, Nuno Côrte-Real afirmou que a Temporada Darcos é já um "evento nacional incontornável", não só por ter concertos esgotados e ter extravasado as fronteiras de Torres Vedras, mas também por "apresentar o que de melhor se faz em Portugal no âmbito da música clássica, convidando não só solistas e orquestras nacionais e internacionais, mas também pelo trabalho notável do Ensemble Darcos".
A Mahler Chamber Orchestra, que atua nas mais importantes salas de todo o mundo, dá um concerto a 28 de novembro no Teatro-cine de Torres Vedras e no dia seguinte no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, sob a direção musical de Nuno Côrte-Real.
A Mahler Chamber Orchestra, que atuou em Portugal pela última vez em 2013, vai apresentar a sinfonia nº101 ?o relógio' de Haydn, uma peça escrita em 2001 por Nuno Côrte-Real e a sinfonia nº 40 de Mozart.
A Orquestra da Extremadura, de Badajoz (Espanha), inaugura a Temporada Darcos 2017, a 07 de janeiro em Torres Vedras e a 08 de janeiro no CCB.
Em ambos os concertos vai interpretar a abertura da ópera ?Don Giovanni', de Mozart, e as peças ?dança do fogo', de Falla, ?wellington suite' para gaita-e-foles, piano e orquestra, de Nuno Côrte-Real, e o ?duplo concerto' para violino, violoncelo e orquestra de Brahms.
A 02 e 04 de junho, respetivamente em Torres Vedras e no CCB, a Temporada Darcos tem programado o concerto do 10º aniversário, que cruza a literatura, o jazz e a música clássica.
O escritor José Luís Peixoto foi convidado a escrever versos para músicas originais de Nuno Côrte-Real, que vão ser interpretadas pela cantora de jazz Maria João e vão ser acompanhadas pelo grupo Ensemble Darcos.
"Buscando nos versos do escritor timbres e sonoridades modernas, mas deixando espaços para a improvisação, técnica tão característica do estilo e carácter da cantora, a nova música composta vai viajar por territórios distintos como o jazz, a música contemporânea, o tradicional e o clássico", explicou Côrte-Real.
No concerto, vai ser ainda interpretado o quinteto com piano 'a truta- Andantino', de Schubert.
O Ensemble Darcos apresenta-se a concerto a 25 de março com obras de Mendelssohn, Carrapatoso e Schubert e a 30 de setembro com Dvorák, Pinto Vargas e uma peça que Nuno Côrte-Real compôs inspirada no cante alentejano, com a participação do Coro Ricercare.
A 21 de maio é a vez da Orquestra Académica Metropolitana interpretar peças de Shubert.
O Ensemble Darcos foi criado em 2002 pelo compositor Nuno Côrte-Real e, desde 2006, tem residência artística em Torres Vedras.
Nuno Côrte-Real é regularmente interpretado pela Royal Scottish Academy Brass, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble e a OrchestrUtópica, entre outras formações, além de solistas e maestros como Stefan Asbury, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, Paul Crossley, John Wallace, David Alan Miller, Mats Lidstrom, Paulo Lourenço e Cesário Costa.
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