"Estou muito emocionada por estar aqui, não faço algo assim há dois anos", disse Leonie Louis, que vestiu lantejoulas e uma coroa de flores para ir ao festival no Alexandra Palace, um local lendário que já recebeu concertos de Pink Floyd, Rolling Stones e Jay Z.
O Kaleidoscope, que contou com atuações de bandas como Groove Armada ou The Coral, ao lado de comediantes e escritores populares, é um dos maiores eventos ao vivo ocorridos na Inglaterra desde que o país suspendeu as restrições sanitárias a 19 de julho.
Louis, uma consultora de 24 anos, disse que foi um "ótimo momento" para reabrir e que as pessoas "estavam cansadas de ficar fechadas, de entrar e sair do confinamento". "Obviamente, nunca haverá um momento perfeito. (...) O coronavírus não vai embora completamente. Temos que aprender a conviver com ele”, acrescentou.
No entanto, a situação de saúde dificultou a organização do festival, de acordo com os responsável de eventos do Alexandra Palace. Para o Simon Fell, o seu maior medo era um cancelamento de última hora, devido a mudanças frequentes nas regras de saúde nos últimos meses.
“Como vendemos bilhetes às pessoas se nem sabemos se o evento vai acontecer? É uma situação muito difícil”, disse à AFP.
Joshua Brigts, de 25 anos, admitiu estar "um pouco ansioso" com os riscos de saúde, principalmente devido à variante Delta, que tem causado um aumento de infeções em todo o país. "Mas, ao mesmo tempo, sei que toda a gente aqui teve um teste negativo nas últimas 48 horas", frisou.
Sentado ao seu lado, o amigo Stephen Parsons, de 25 anos, disse que a música noturna lhe deu um novo ar de otimismo. "A música levantou completamente o meu espírito”, disse o jovem de Bedford, no norte de Londres.
O jovem passou um ano e meio em casa, a assistir a concertos online, mas descobriu que nada se compara à atmosfera de um espetáculo ao vivo. "A razão de adorar ir aos festivais é ver as grandes bandas, mas também vir a esses palcos menores e experimentar esta atmosfera única”, confessou.
“Isso não pode ser conseguido através do Zoom. Não é a mesma coisa, de forma alguma”, acrescentou.
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