"Sinto-me profundamente honrado por atuar nesta notável cerimónia", afirma Dudamel, atualmente diretor musical da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, no seu sítio na Internet.
O programa do concerto é composto por "dois pilares da História da Música", lê-se no "site" da Sala de Concertos de Estocolmo, onde hoje à noite se realiza o recital.
No domingo esta sala é o cenário da cerimónia da entrega dos diferentes Prémios Nobel, exceptuando o da Paz que é entregue na capital norueguesa, Oslo.
De Wolfgang Amadeus Mozart será interpretada a sinfonia "Júpiter" e de Richard Strauss, o poema sinfónico "Assim falou Zaratustra" inspirado na obra de Friedrich Nietzsche.
Dudamel abriu o ano de 2017 dirigindo o Concerto de Ano Novo da Filarmónica de Viena, e escolheu para o Concerto do Nobel, com a orquestra sueca, um programa que destaca a ligação entre a Música, a Ciência e as Humanidades.
"Elegemos um programa para honrar os distinguidos com o Prémio Nobel e as suas conquistas, com música inspirada na natureza" que "simboliza a união da Arte e da Ciência na imaginação humana", explica o maestro venezuelano, que já várias vezes atuou em Lisboa, nomeadamente o ano passado, na Fundação Calouste Gulbenkian, à frente da Orquestra Sinfónica Simón Bolívar, da qual é diretor musical.
Dudamel, de 2007 a 2012, dirigiu a Sinfónica de Gotemburgo, organizou "O Sistema" na Suécia, um programa educacional iniciado em 1975 na Venezuela pelo maestro José Antonio Abreu, de 78 anos, e que tem sido aplicado em vários países resgatando crianças em risco de exclusão social através da música.
Um programa também aplicado em vários concelhos de Portugal, nomeadamente na Amadora, Lisboa e Loures.
"A música liberta a imaginação, fomenta a criação e a expressão, as mesmas chaves que são necessárias para o progresso nas Ciências e nas Humanidades", refere Dudamel que acrescenta: "e é aí onde se econtra o mundo da Ciência e da Arte".
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