De acordo com a Fundação José Saramago (FJS), que, em parceria com o Instituto Camões, é responsável por este projeto, “qualquer instituição, em qualquer parte do mundo” poderá ter à sua disposição esta exposição, “comemorativa dos 20 anos do Prémio Nobel de Literatura de José Saramago, até hoje único autor em língua portuguesa a receber tal distinção”.
Intitulada “José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel”, a exposição é composta por 22 painéis com fotografias de Estelle Valente, textos de Ricardo Viel e ilustrações de Gonçalo Viana que, em conjunto, traçam um panorama da atribuição do máximo galardão das Letras ao autor de “Memorial do Convento”, “Jangada de Pedra”, “Ensaio sobre a cegueira” ou “Todos os Nomes”.
A exposição vai estar disponível para a programação de toda a rede do Instituto Camões espalhada pelo mundo, e a fundação disponibilizará gratuitamente o material às instituições em Portugal que queiram associar-se à celebração, especifica.
Além dos ficheiros com os painéis, as entidades receberão um documento com instruções sobre a montagem e exibição da exposição, adianta a FJS, acrescentando que, para solicitar o envio da exposição, “as entidades interessadas deverão enviar um e-mail para o endereço secretaria@josesaramago.org.”.
No dia 05 de novembro, Pilar del Río, presidente da FJS, participa numa sessão especial do “Camões dá que falar”, na sede do Instituto Camões, em Lisboa, com o presidente da instituição, Luís Faro Ramos, em que ambos conversarão sobre a publicação do “Último Caderno de Lanzarote”, diário de José Saramago referente ao ano de 1998, que chegou às livrarias nesta semana.
A par deste livro, a FJS publicou também um livro da autoria de Ricardo Viel, “Um País Levantado em Alegria”, que conta como foi o dia 8 de outubro de 1998, data da atribuição do Nobel, e os que se seguiram, na vida de Saramago.
Um dos textos dos painéis da exposição dá conta disso mesmo, contando, por exemplo, que “no dia 08 de outubro de 1998, minutos depois de receber a notícia de que o Prémio Nobel da Literatura lhe havia sido atribuído, José Saramago viu-se só, num imenso corredor de um aeroporto”.
E prossegue: “Estava longe da companheira, muito distante da sua casa, do jardim onde passava os finais de tarde rodeado dos cães, e foi invadido por uma ‘solidão agressiva’ que nunca havia sentido. ‘Deram-me o Nobel, e o quê?’, e percebeu que a alegria vinda com a notícia fora encoberta pelo facto de não ter com quem partilhar aquela conquista”.
A exposição “José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel” tem curadoria da FJS e realização do estúdio Silvadesigners.
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