O certame multidisciplinar foi hoje apresentado, em conferência de imprensa, em Lisboa, com a presença do diretor artístico, António Câmara Manuel, que sublinhou: "Queremos que o festival seja continuamente novo, com um novo olhar".
O certame terá 24 eventos, que vão envolver globalmente 37 artistas e coletivos, apresentando-se em 15 espaços da capital, seguindo o seu objetivo primordial, "de divulgar o trabalho de artistas em início de carreira e também de artistas consagrados, explorando a relação entre o 'ao vivo' e a imagem".
Para a direção, o Temps D'Images assume-se como "uma plataforma que permite concretizar trabalhos artísticos que não encontram visibilidade noutros contextos".
Entre as sete estreias absolutas previstas na programação estão "Utopia.doc" e "In The Confort of your own home", duas criações da área de cinema, pela encenadora e artista brasileira Christiane Jatahy, coproduzidos pela Duplacena no contexto da Bienal Artista na Cidade, com exibições intercaladas entre 11 e 14 de novembro.
A sessão de dia 11 contará com presença da artista e apresentação/conversa com António Rodrigues (Cinemateca). A sessão de dia 12 contará com a presença da artista e apresentação/conversa com Aida Tavares (São Luiz Teatro Municipal).
Também a conferência-performance "De perto, uma pedra", de João Fiadeiro e Leonardo Mouramateus, será apresentada no festival, em estreia absoluta.
Os espetáculos "Www. We Want Wafles #1", de João Estevens, "A balada de amor e de morte do porta-estandarte Christoph Rilke", de Maria Duarte e João Rodrigues, serão igualmente apresentados em estreia absoluta.
Por seu turno, "MB#20182, de Miguel Bonneville, "Soma", de Jonathan Saldanha, "Onde está o casaco", de Ana Jotta, João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux, "Jungle Red", de Carlota Lagido, "Burn Time", de André Uerba, "Carrossel", de Ana Renata Polónia, e "Do you rememeber that time we were together and danced this or that dance?", de Clara Amaral, terão estreia em Lisboa.
O espetáculo "Stand Still you ever moving spheres of heaven", de Henrique Furtado e Chiara Taviani, será igualmente uma estreia em Portugal, através do Temps D'Images.
Os SillySeason estreiam a sua nova peça "Testamento em três atos", um trabalho biográfico a partir da obra de Shakespeare.
Nos dias 1 e 2 de novembro, o festival começa na Appleton Square, com "Boas Garotas", uma performance de Clarissa Sacchelli que nasce a partir de uma seleção de vídeos do arquivo histórico da VideoBrasil, de que a artista se apropriou e reinterpretou.
No dia seguinte, serão projetados os vídeos que serviram de base ao trabalho da artista, e que marcam a história da videoarte brasileira.
Até ao dia 12 de novembro estará a decorrer a 'open call' para o LOOPS.LISBOA 2018, que volta a desafiar os artistas a submeterem obras que explorem o conceito de “loop”.
Os três trabalhos finalistas serão exibidos no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, a partir do dia 30 de novembro. O Prémio do Júri será de 2.000 euros.
Os espaços que acolhem o Temps d'Images 2018 são Espaço Alkantara, Appleton Square, BLX - Biblioteca de Marvila, CAL, Cinema Ideal, Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, Culturgest, DAMAS, Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Palácio Pancas Palha, Rua das Gaivotas 6, Sociedade Musical Ordem e Progresso, Teatro do Bairro e Teatro Ibérico.
O Temps D’Images - que teve a sua origem no coração da Europa, em 2003, no âmbito de um projeto liderado pelo ARTE, canal europeu de cultura - é uma produção da Duplacena, e tem a programação completa e informações úteis disponíveis num novo sítio 'online', www.temps-dimages-portugal.com.
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