O festival, que sucede ao Caixa Alfama, realiza-se nos dias 28 e 29 de setembro e conta, entre as novidades, com um palco no recém-inaugurado terminal de cruzeiros de Santa Apolónia e com a adesão de dez restaurantes que apresentarão uma ementa especial, disse Luís Montez, da organização, esta quarta-feira.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que tinha já apoiado os anteriores certames, decidiu fazê-lo de uma “forma mais intensa”, associando o seu nome ao festival, pelo facto de este “estar cada vez mais impregnado na vida da cidade e pela revelação de novos talentos”, justificou o seu provedor, Edmundo Martinho, em declarações à agência Lusa.
“Desta forma, a Santa Casa está também a cumprir a sua missão”, sublinhou o responsável, adiantando que o investimento feito pela SCML é de cerca de 200.000 euros.
Edmundo Martinho disse que “esta é uma das boas causas da Santa Casa”, cuja presença no festival, além de um palco próprio, frente ao estuário do rio Tejo, se faz sentir através da disponibilização de espaços para pessoas com mobilidade reduzida.
"Temos desde há muitos anos esta missão, que é de dar relevo a novos artistas, dar expressão aos talentos que vão emergindo, em todos os aspetos, e particularmente na música, e ainda mais no fado", disse o provedor da SCML.
O festival, exclusivamente no bairro lisboeta de Alfama, desenha-se, geograficamente, entre a Igreja de Santo Estêvão, a leste, o Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima, a norte, a Igreja de S. Miguel, a oeste, e o terminal marítimo, a sul, e conta com a participação de Dulce Pontes, Raquel Tavares, Alexandra, Cristina Maria, e “a jovem revelação Maria Emília”, entre outros, anunciou Luís Montez.
Entre as primeiras confirmações hoje avançadas estão Alexandra, António Pinto Basto, Maura, Dulce Pontes, Paulo de Carvalho, Raquel Tavares e Maria Emília, no palco principal, o Santa Casa, frente ao estuário do rio Tejo.
No Museu do Fado, a festejar 20 anos de existência, estão instalados dois palcos, no espaço do restaurante, onde atuam Cristina Maria, João Chora, Teresa Tapadas e Carlos leitão, e o instalado no largo do Chafariz de Dentro, fronteiro ao museu, onde vão tocar Ângelo Freire, Marta Pereira da Costa, Pedro Jóia e a Família Parreira, os guitarristas António, pai, que tem acompanhado nomes como Amália Rodrigues, Rodrigo, Manuel de Almeida Julieta Estrela, entre outros, e os filhos Paulo, que entre outros tem acompanhado Maria da Fé, Duarte, Katia Guerreiro, Aldina Duarte e Camané, e Ricardo, que tem acompanhado, entre outros Helder Moutinho, Mafalda Arnauth, Ana Maria, e que tem desenvolvido uma carreira de solistas.
Outros palcos, com cartaz a anunciar, são o do terraço do terminal marítimo, o Amália, nas instalações da firma de advogados Abreu, o Ermelinda de Freitas, no largo das Alcaçarias, e ainda no Grupo Sportivo Adicense, nas igrejas de S. Miguel e S. Estêvão, na Sociedade Boa União, no beco das Cruzes, no Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima, na rua do Salvador, e no largo de S. Miguel, com a iniciativa “Fado à Janela”.
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