“O FINN é um projeto que quer sensibilizar a sociedade para a necessidade urgente da conservação da natureza e do património biológico”, afirmou hoje à agência Lusa o chefe dos serviços de ambiente da Câmara de Vila Real, Carlos Lima.
Organizado pelo município de Vila Real, o FINN inclui um Festival de Curtas-Metragens da Biodiversidade, o Encontro de Fotografia e Cinegrafia 2017, exposições e ainda 'workshops'.
A imagem serve, segundo Carlos Lima, para transmitir uma “mensagem de conservação”.
Serão abordados ainda temas relacionados com os incêndios, as alterações climáticas, a destruição da natureza e as repercussões na fauna e flora selvagens.
O festival arranca na sexta-feira com a inauguração de quatro exposições dedicadas ao desenho científico, desenho de natureza e fotografia da vida selvagem.
Estas mostras, que poderão ser vistas até ao dia 12 de janeiro, refletem “o esforço de Vila Real na divulgação de imagens da vida selvagem como um meio de sensibilização da sociedade para a importância da conservação e preservação do património natural”.
Nestas exposições podem ser vistas desde imagens de grandes primatas e outros animais ameaçados, captadas por fotógrafos mundiais, até imagens da biodiversidade de Vila Real que foram captadas por fotógrafos locais.
Para sábado, está agendado o Encontro de Fotografia e Cinegrafia 2017, um dos destaques do cartaz do FINN.
O encontro é subordinado ao tema “O papel da imagem no desígnio da conservação da vida selvagem” e vai contar com palestras de quatro oradores, três deles na área da fotografia da vida selvagem, nomeadamente Bence Máté, Ricardo Lourenço e Richard Peters e Adam Hart, apresentador e realizador de diversos documentários de vida selvagem na BBC.
O encontro conta ainda com uma sessão especial que, sob o título “Olhares de Vila Real sobre a Biodiversidade”, reúne os fotógrafos de natureza de Vila Real Agostinho Fernandes, José Sousa, Nuno Silva e Tiago Magalhães.
O festival inclui também a realização de 'workshops' dedicados ao tema da cinegrafia e fotografia de natureza, ministrados por aqueles quatro fotógrafos, aos quais se junta Paulo Ferreira, um premiado produtor de vídeos de ‘timelapse’.
Segundo a organização, entre 04 e 10 dezembro, decorre um dos “pontos altos” do FINN, o Festival de Curtas-Metragens da Biodiversidade, que inclui a exibição de 60 obras selecionadas, entre um universo de 1.403 filmes a concurso, de 106 países.
Só a Índia, Irão e Estados Unidos da América apresentaram 369 filmes a concurso.
O Centro de Ciência vai acolher uma oficina dinamizada pelo escultor de arte urbana Bruno Rajão, conhecido como Bafo de Peixe.
A “oficina de assemblagem” é dedicada à construção de esculturas, ligadas ao tema da biodiversidade, a partir do reaproveitamento de objetos e desperdícios do quotidiano.
Antes do início da oficina, tem lugar a inauguração de uma escultura surpresa no Parque Corgo, da autoria de Bafo de Peixe.
O FINN termina com uma gala, no teatro de Vila Real, durante a qual vão ser revelados os vencedores de todos os concursos organizados no âmbito do festival.
Todo o programa é de acesso livre. O evento conta com a parceria com a associação Zona Livre e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e tem cofinanciamento do Programa Operacional NORTE 2020.
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