António Monteiro disse à agência Lusa que o impacto económico direto e indireto dos europeus e norte-americanos na ilha de São Miguel se fará sentir na hotelaria, restauração e 'rent-a-car', havendo “muita gente que vai viajar para outras ilhas durante oito a dez dias”.
Além da visibilidade que o evento gera dos Açores, em termos turísticos, a organização declara que são cerca de 130 os músicos oriundos dos 22 países que participam no concurso, havendo ainda 14 músicos das bandas portuguesas que asseguram o primeiro dia do festival, em nome do país organizador.
A prova, a realizar no Coliseu Micaelense, constitui o maior concurso de blues da Europa, e acolhe os vencedores de cada país que vêm aos Açores disputar a final, segundo António Monteiro, que destaca o facto de esta ser a primeira vez que a iniciativa se realiza em Portugal.
São cerca de 300 as organizações associadas ao EBC, segundo António Monteiro, e apenas nos Estados Unidos havia uma organização do género, a "Blues Foundation", de Memphis, tendo um projeto em Itália, que “reconheceu esse défice", dado "os primeiros passos para organizar uma rede pan-europeia de atividades de blues”.
Foi assim que, em junho de 2008, segundo o sítio da organização, teve lugar a primeira Conferência Europeia de Blues, em Parma, Itália, durante o Festival Roots & Food, com a participação de 18 países a definirem as condições para a fundação de uma União Europeia do Blues.
Foi na Alemanha que tiveram lugar as primeiras competições europeias de bandas de blues, em 2011 e 2012, tendo no ano seguinte sido decidido mudar cada ano para um país diferente.
Atualmente, a EBC é composta exclusivamente por membros voluntários e não remunerados, sendo o atual presidente Davide Grandi, da revista italiana de blues Il Blues.
A edição açoriana do EBC contempla, para lá do concurso de bandas, a assembleia-geral da União Europeia de Blues e o Blues Market, uma feira promocional que funciona em paralelo com uma mostra de produtos regionais.
Terá ainda lugar, pela primeira vez, uma oficina de marketing digital para festivais, uma parceria da organização com a Associação Portuguesa de Festivais de Música.
O evento chega aos Açores através da Associação Escravos da Cadeinha, que organiza o Santa Maria Blues Fest, e conta com a parceria da Trovas Soltas, apoio do Governo Regional dos Açores e da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
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