Esta exposição, que explora temas como a espiritualidade e a domesticidade, vai ocupar os três níveis do museu, com obras representativas da carreira de cerca de 30 anos de Joana Vasconcelos, artista conhecida pelo uso de cores vibrantes e instalações monumentais, anunciou o ‘atelier’ da artista, em comunicado.

A mostra vai ficar patente até 27 de março de 2025 no Ospizio – uma fortaleza do século XVII, localizada em frente ao Porto de Marsamxett –, que oferece uma perspetiva privilegiada de Valeta, a capital de Malta que é património mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).

Obras como a “Árvore da Vida”, “Jardim do Éden” e “Valkyrie Mumbet” vão poder ser vistas nesta mostra, que incluirá ainda uma seleção de outras instalações que exploram as tensões entre a vida contemporânea e a procura de satisfação emocional e espiritual.

Manifestando-se honrada e privilegiada por ser a primeira artista a apresentar uma exposição no MICAS, Joana Vasconcelos destacou, no mesmo comunicado, a relevância não só do “incrível programa de arte contemporânea que o museu propõe”, mas também do “contexto histórico de Malta, com uma longa história de mulheres artistas desde os templos antigos à arte contemporânea”.

Segundo o comunicado, esta exposição “dialoga profundamente com questões de género e políticas culturais”, como já vem sendo prática da artista.

A inauguração oficial do museu acontece no dia 25, com a presença do primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, de acordo com comunicado do museu.

Joana Vasconcelos nasceu em Paris em 1971, filha de pais portugueses.

Na década de 1990 começou a expor, tendo o seu trabalho começado a tornar-se conhecido internacionalmente em 2005, ano em que participou na Bienal de Veneza com a peça “A Noiva”, um lustre monumental composto por tampões de higiene íntima feminina.

Em 2012, tornou-se na primeira mulher e artista mais jovem a expor obras no Palácio de Versalhes, em Paris.

Um ano depois representou oficialmente Portugal na Bienal de Arte de Veneza, num projeto comissariado por Miguel Amado, que levou um cacilheiro, transformado em obra de arte, ao recinto principal da mostra internacional de arte contemporânea.