"Eleição dos bichos" é uma criação coletiva dos autores brasileiros André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun, e foi editado em 2018 no Brasil, no âmbito de uma série de livros ilustrados sobre política, para crianças.
Segundo os autores, "Eleição dos bichos" é "um convite para a reflexão e para o diálogo construtivo entre crianças e adultos", e foi feito a partir cinco oficinas com crianças de São Paulo e Florianópolis. "É resultado de um trabalho aberto e coletivo, criado a muitas mãos".
O livro, que sai agora em Portugal pela Nuvem de Letras, relata um processo eleitoral que decorre numa floresta, com os animais a decidirem escolher um novo líder, porque descobriram que o leão tinha desviado toda a água do rio para construir uma piscina.
Coube à coruja exclamar "Sejamos uma democracia!" e explicar aos restantes animais como se processa a escolha de um novo líder da floresta e quais as regras criadas pelo comité eleitoral dos bichos.
Entre as sete regras da eleição estão "o voto é secreto", "ganha quem tiver maior número de votos" e "é proibido devorar os adversários".
Na história, os autores colocaram quatro candidatos nesta eleição dos bichos - a preguiça, a cobra, a macaca e o leão -, imaginaram a campanha eleitoral de cada um deles, explicaram o que significa ir às urnas e desvenderam o vencedor.
No final da narrativa, ilustrada com "centenas de pedaços de papel recortados com rabiscos de lápis e carvão", os autores perguntam ao leitor: "Não gostaste do resultado? Eleições é assim mesmo, vence quem for escolhido pela maioria".
As últimas páginas ficam reservadas para um glossário relacionado com a temática abordada, com palavras como "manifestação", "governo", "comício" e "eleitor".
"Eleição dos bichos" é o primeiro livro daquele coletivo editado em Portugal, mas no Brasil é o segundo volume de uma série iniciada em 2015 com o livro "Quem manda a aqui?", que tem relação mais direta com a história daquele país - ainda que envolva Portugal -, sobre povos indígenas, colonialismo, esclavagismo e ditadura militar.
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