"Isto é inenarrável. Estou em estado de choque", disse Carlos Avilez à agência Lusa a propósito de o TEC ter ficado, pela primeira vez, excluído dos subsídios plurianuais para o teatro.
Dizendo não se conformar com a injustiça de tal decisão, embora os resultados sejam ainda provisórios, Carlos Avilez adiantou que irá contestar a decisão (as companhias têm dez dias para o fazer).
Além disso, acrescentou, foi pedida uma reunião ao primeiro-ministro a quem conta transmitir a sua "frustração e desilusão" com o resultado provisório dos concursos de apoio às artes e pedir que o Governo retroceda na decisão em relação ao TEC.
Na véspera de comemorar 62 anos de carreira, que cumpre no sábado, Carlos Avilez insistiu que não contava com esta "surpresa lamentável".
"Temos uma companhia com 52 anos, uma escola de teatro, com atores com carreira e que tem formado imensos jovens e castigam-nos desta forma?", questionou, sublinhando tratar-se de uma decisão que não "tem ponta de justiça".
“É lamentável para os meus colegas, para a escola, para tudo”, observou, frisando que "não se acaba assim com uma companhia com 52 anos de provas dadas".
“Mas, há uma coisa com que me congratulo e de que me orgulho: a decisão da Direção-Geral das Artes (DGArtes) gerou uma onda de solidariedade para connosco que não tem explicação", acrescentou.
No dia Mundial do Teatro, o TEC estreou a sua 154.ª produção - "As you like it" - Como vos aprouver" e foi agraciado, pelo Presidente da República, com o grau de membro honorário da Ordem de Mérito, pelos seus 52 anos de atividade.
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