“Colaborativa.mente” dá a conhecer o resultado do encontro entre estes dois nomes das artes plásticas e da literatura, colocando em destaque um núcleo inédito de seis obras realizadas em composição conjunta, segundo a organização.
Foram "inspirados pelos processos participativos, recorrentes entre os membros do movimento surrealista, acérrimos amantes do acaso objetivo, do automatismo psíquico puro e das manifestações do inconsciente enquanto forma impulsionadora da produção artística”, descreve o texto sobre da exposição divulgado pela Casa da Liberdade.
Cruzeiro Seixas e Valter Hugo Mãe “empreenderam, para esta exposição, um caminho criativo conjunto, onde é possível ressaltar a importância do papel da sensibilidade poética que inevitavelmente os une", segundo o comunicado.
Embora Cruzeiro Seixas se tenha celebrizado sobretudo como autor de uma obra plástica, na corrente surrealista, é também pública a sua devoção pela poesia como forma de expressão.
Numa posição oposta, foi, através de uma diversidade de obras no campo da produção literária e poética, que Valer Hugo Mãe se tem destacado na atualidade.
Foi essa a dimensão que o uniu primeiramente a Cruzeiro Seixas, cuja obra poética editou, em tempos, enquanto cofundador das edições Quasi.
No entanto, Valter Hugo Mãe tem mostrado, muito pontualmente, a sua obra plástica.
A mostra foi pensada desde a sua génese como uma intervenção específica, para assinalar também os 44 anos da Revolução dos Cravos com um diálogo entre dois autores que, de forma mais direta e/ou indireta, trilharam os caminhos da liberdade, segundo a galeria.
A exposição, com curadoria de Carlos Cabral Nunes, estará patente até 16 de junho de 2018 em Alfama.
Comentários