"HOME 2.0" é a nova criação da dupla de coreógrafos Cláudia Martins e Rafael Carriço, que se estreará no próximo dia 7 de abril, no Teatro Cóngona, em Córdova, na Andaluzia, inaugurando a digressão internacional da companhia portuguesa que inclui apresentações em Israel, Suécia, Polónia, França, Estados Unidos, México e outras localidades de Espanha, ao longo de 2018.
"Este espetáculo envolve uma grande produção, muita tecnologia e cenografia", disse Rafael Carriço à Lusa, revelando que se trata de uma obra "futurista".
Segundo o coreógrafo, "HOME2.0" é "um espetáculo de dança contemporânea" que "fala do futuro, do universo, dos planetas e da nossa vida depois da terra", que terá a duração de cerca de uma hora.
Num espetáculo em que a música e todo o cenário faz o espetador embarcar numa viagem ao futuro, Rafael Carriço assume que o "HOME 2.0" foi concebido para ser levado a todo o mundo.
A coreografia também será apresentada em palcos portugueses, fazendo a sua estreia nacional na Casa das Artes de Famalicão, no dia 28 de abril, antecipando a comemoração do Dia Mundial da Dança (29 de abril).
O projeto será apresentado ainda no Teatro Avenida, em Castelo Branco, no Festival Cistermusica, em Alcobaça, no Teatro Municipal de Vila Real e no Teatro Municipal de Bragança, no contexto do Festival Algures a Noroeste, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e no Teatro Pax Júlia, em Beja.
A apresentação em Lisboa está agendada com três sessões para o Teatro da Trindade, em julho de 2019.
Inspirada na obra de Phyllis J.Johnson "At Home in Space", "HOME 2.0" aborda a íntima relação do astronauta com a terra, a natureza e os afetos. "À descoberta do espaço, ele encontra formas de colmatar essas ausências, no meio do universo: 'Home is Where the Astronaut Is' ['o lar é onde está o astronauta']", refere uma nota de imprensa.
Trata-se de "uma peça que se impõe por uma linguagem corporal e uma plasticidade cénica contemporâneas, que, aliadas a uma forte componente multimédia, mergulham no futuro, na habitabilidade de novos planetas, nos multi-universos".
Apoiada pela Direção-Geral das Artes, a Vortice Dance Company vai desenvolver, ainda este ano, paralelamente, um projeto numa residência artística nos Estados Unidos, com o pintor Michael Hafftka.
"Será uma cocriação inspirada na obra do próprio pintor, em especial no quadro 'The Observer and the Observed' ['O observador e o observado'], e terá música original do grupo The Feeding Goats", adiantou Rafael Carriço à Lusa. Esta produção será depois apresentada em Paris.
A Vortice Dance Company é uma das companhias portuguesas mais internacionais, tendo já atuado em salas da Europa, Médio Oriente, África, América Latina, Japão e Estados Unidos, desde o Teatro dos Campos Elísios e do Forum des Halles, em Paris, ao Teatro Bradesco, em São Paulo, Brasil, e à sala Salvatore Capezio, do Centro Peridance, que se apresenta como "o principal palco de dança", em Nova Iorque.
Entre as distinções recebidas, contam-se o grande prémio de coreografia, na competição da ópera de Helsínquia, em 2001, o prémio do público, no 4.º concurso de dança contemporânea, no Japão, vários prémios em diferentes edições do festival de dança da Ópera de Riga, na Letónia, e o 1.º Prémio do festival Printemps de la Danse, na Suíça.
"O 'HOME 2.0' é o grande projeto [da companhia] para 2018, 2019 e 2020", concluiu Rafael Carriço.
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