Centenas de pessoas juntaram-se este domingo (12) em Hollywood, em apoio ao crescente movimento contra o assédio sexual que emergiu após acusações contra o produtor de cinema Harvey Weinstein e outras personalidades do mundo do entretenimento.
Os manifestantes reuniram-se à frente do icónico Dolby Theatre para chamar a atenção para o tema. É nesse local que se realiza a cerimónia de entrega das estatuetas dos Óscares, o grande prémio da indústria cinematográfica americana.
Nos cartazes dos ativistas podia-se ler "Como me visto não quer dizer que 'sim'!!! #MeToo" [#EuTambém], ou "Unidos para enfrentar o patriarcado".
O protesto aconteceu em plena enxurrada de revelações cruéis feitas por homens e mulheres de casos de assédio e abuso sexual por parte de poderosos da indústria.
A campanha #MeToo para denunciar assédio e abuso começou em meados de outubro no Twitter, com mulheres de diferentes partes do planeta revelando as suas experiências.
"Estou realmente feliz de estar aqui, porque foi Hollywood que abriu este escândalo", disse Tarana Burke, cofundadora da organização Just Be Inc., ao jornal The Los Angeles Times.
"É realmente simbólico que se faça esta marcha, não com estrelas de Hollywood, e sim em Hollywood", acrescentou.
Na semana passada, o humorista Louis C.K. tornou-se a mais recente figura de Hollywood acusada de assédio sexual, depois de Harvey Weinstein, do produtor-realizador Brett Ratner, do argumentista-realizador James Toback, do ator Kevin Spacey e do produtor Benny Medina.
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