O 25.º aniversário do CCB é assinalado na programação a vários níveis, nomeadamente com uma exposição alusiva e um 'open day', no próximo dia 21 de março.
Isabel Cordeiro, do conselho de administração, realçou esta terça-feira, em conferência de imprensa, que “o CCB constitui, de facto, a primeira obra da democracia portuguesa, destinada a um usufruto livre e plural da cultura”.
A exposição apresenta 25 fotografias no exterior do edifício, que documentam diversas fases da sua construção, e um vídeo de 25 minutos que conta a sua história, desde a fase de projeto até à atualidade.
Entre outras iniciativas está previsto a edição de um livro sobre o CCB, coordenado pelo arquiteto Nuno Grande, com a colaboração do arquiteto paisagista João Gomes da Silva e do artista António Campos Rosado, dos fotógrafos Daniel Malhão e Miguel Vale Figueiredo, este último que “acompanhou dia e noite, o desenvolvimento da obra”, segundo Isabel Cordeiro, e ainda da ilustradora Ana Aragão.
O CCB abriu portas a 21 de março de 1993, mas só no próximo ano se iniciarão os trabalhos de conclusão do complexo, gizado pelos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, com a construção dos módulos quatro e cinco, a zona poente, onde se instalará um hotel e uma galeria comercial, anunciou hoje o presidente do CCB, Elísio Summavielle, referindo que “finalmente” foi regularizado o registo predial dos terrenos, depois de um “longo e penoso processo”.
“O contrato deve ser fechado no próximo ano”, disse Summavielle, que acalenta esperanças de obter para o CCB “uma receita simpática que lhe garanta mais sustentabilidade e mais ambição na sua missão estatutária”.
Entretanto, como salientou Isabel Cordeiro, “são 25 anos que se fazem sentir e que implicam uma contínua e clara aposta na conservação e requalificação do edifício e dos equipamentos” e, neste sentido, será realizada “uma intervenção futura na sala Almada Negreiros, que verá a sua capacidade aumentada, e melhoradas as condições para a realização de congressos internacionais”.
Também a sala Ribeiro da Fonte, junto ao Jardim das Oliveiras, será alvo de uma “obra de renovação”, enquanto a sala Vitorino Nemésio foi recentemente ampliada, disse a responsável.
Nos dois auditórios que foram alvo de obras de beneficiação em 2016 e 2017, serão substituídos, de forma gradual, alguns equipamentos.
“Ao celebrar 25 anos, o CCB quis lançar um repto a três autores portugueses, Fernanda Fragateiro, Ricardo Bak Gordon e Ricardo Preto, na criação de uma linha exclusiva de peças de autor, de edição limitada”, anunciou Isabel Cordeiro.
Elísio Summavielle destacou a cimeira de jazz europeia que acontecerá de 13 a 18 de setembro próximo, e disse que a programação Belém Cinema, que apresenta filmes clássicos em ecrã gigante, foi “uma aposta ganha”, assim como os ciclos “Entrevista de Vida”, com Anabela Mota Ribeiro, e “2084, imagine”, com Graça Castanheira, tendo sublinhado que se regista “um equilíbrio financeiro, [na instituição] que foi duramente reconquistado, nestes dois anos”.
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