"CCB 25 Anos", que vai ficar aberta ao público até 27 de maio, é "uma exposição que convida a conhecer e relembrar os momentos da génese e formação" do CCB, "partindo de um primeiro momento inaugural, em que surge como lugar de representação do Estado, para logo de seguida expressar uma clara vocação de afirmação das artes plásticas e das artes performativas", lê-se no comunicado de anúncio da mostra, hoje divulgado.
O projeto do CCB foi decidido em 1988 e entregue por concurso ao consórcio de arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado. Concluído em 1992, para acolher a primeira presidência portuguesa da então Comunidade Europeia, abriu ao público em 21 de março de 1993, há 25 anos.
A partir desse momento, o CCB posicionou-se como "'cidade aberta', apostando desde a primeira hora no acesso à cultura, nas suas mais amplas e diversas manifestações", com "uma oferta muito diversificada, convocando diferentes públicos".
A exposição tem por objetivo mostrar essa "construção de práticas artísticas", recordar as "grandes exposições de artes plásticas, arquitetura e fotografia" e as "propostas de reflexão literária, histórica e sobre o pensamento e transformação das sociedades".
Fazem parte dessa memória do CCB exposições como "O Triunfo do Barroco", que abriu o seu ciclo expositivo, mostras dedicadas à "Pop Art", a fotógrafos da Magnum, à "Arte alemã do Pós-Guerra", ao design ou a artistas tão diferentes entre si como Paula Rego, Goya e Frida Khalo, Gilbert & George, Rui Chafes e Alberto Carneiro, Pedro Calapez e Pedro Cabrita Reis, que passaram pelo centro de exposições, onde, em 2007, viria a abrir o Museu Coleção Berardo.
Entra igualmente nesse percurso do CCB, a retoma de uma área expositiva em 2014, com a abertura da Garagem Sul à arquitetura, que já acolheu criadores como Sou Fujimoto, Carrilho da Graça, Victor Palla e Bento d'Almeida, Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira, entre muitos outros.
A programação do CCB também conjugou música, teatro, dança, artistas nacionais e estrangeiros de várias áreas, como a coreógrafa Pina Bausch, a meio-soprano Cecília Bartoli, a pianista Maria João Pires, os maestros Ton Koopman e Jos van Immerseel, os pianistas Keith Jarrett e Bernardo Sassetti, ou os músicos Anner Bylsma, Jean-Guihen Queyras, Roel Dieltiens.
Os programas educativos, a Fábrica das Artes, o programa "Literatura e Pensamento" e os Dias Literários são outras iniciativas tidas em conta nos 25 anos do CCB.
A programação do próximo dia 21 - o "Dia Aberto" de celebração da "Cidade Aberta" - inclui ainda uma feira do livro, com edições próprias, oficinas de música para os mais novos, que vão culminar num miniconcerto, e uma associação com a RTP, "o primeiro parceiro do CCB, há 25 anos", que vai envolver os diferentes canais de rádio e TV, e a consulta dos Arquivos RTP sobre o CCB, na Sala de Leitura.
O 25.º aniversário da abertura do CCB vai contar ainda com a apresentação das propostas finalistas de uma possível extensão dos edifícios, desenvolvidas no âmbito do projeto "Relâmpago NucleAR", que mobiliza 140 estudantes do Instituto Superior Técnico, através do mestrado integrado e do núcleo de arquitetura (NucleAR).
A programação completa do Dia Aberto está disponível em www.ccb.pt.
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