Numa conferência de imprensa, em Lisboa, da Feira de Madrid (IFEMA), responsável pela organização, foram apresentados os traços gerais da programação do certame que irá receber um total de 208 galerias de 29 países, com artistas de todo o mundo.
De acordo com o diretor da feira, Carlos Urroz, a maioria das galerias portuguesas está incluída no programa geral: 3+1 Arte Contemporânea, Vera Cortês, Baginski Galeria/Projectos, Caroline Pagés, Cristina Guerra Contemporary Art, Filomena Soares, Bruno Murias, e Pedro Cera, de Lisboa, e, do Porto, Pedro Oliveira, Nuno Centeno e Quadrado Azul, esta última também com sede na capital.
No programa Opening, comissariado por Stefanie Hessler e Ilaria Gianni, centrado em galerias com um máximo de sete anos, também contará com Francisco Fino, Madragoa e Pedro Alfacinha, provenientes de Lisboa.
Por seu turno, em Diálogos, cuja seleção ficou a cargo de Maria de Corral, Lorena Martínez de Corral e Catalina Lozano, estará também presente a galeria Graça Brandão, de Lisboa.
A esta presença das galerias portuguesas juntar-se-ão galerias de Madrid e de Roma que também têm sede em Lisboa, nomeadamente, a Maisterravalbuena e a Monitor, segundo a organização.
O Brasil irá também aumentar a sua presença na ARCOmadrid, de 13 galerias no ano passado para 15 em 2018: A Gentil Carioca, Anita Schwartz Galeria de Arte, Athena Contemporânea, Baró Galeria, Casa Triângulo, Cavalo, DAN Galeria, Fortes D´Aloia & Gabriel, Jaqueline Martins, Luciana Brito Galeria, Luisa Strina, Marilia Razuk, Nara Roesler, Raquel Arnaud e Vemelho.
Sobre a forte presença do Brasil, o diretor da feira justificou que se explica "pela confiança no mercado espanhol e também pela qualidade das galerias brasileiras".
De acordo com Carlos Urroz, este ano o certame decidiu inovar e deixar cair o país convidado, como tem acontecido tradicionalmente, e optou por escolher um tema, o do futuro, comissariado por Chus Martínez, Rosa Lleó, e Elise Lammer, e focado na ideia: "O futuro não é o que vai acontecer, mas sim o que vamos fazer".
"A ideia do nacional está um pouco ultrapassada, e não está tão implementada na arte contemporânea, porque ultrapassa muito as fronteiras dos países", sustentou, ressalvando que não se trata de falta de países com uma cena artística interessante, mas sim "a necessidade de inovar".
A organização assinala que se trata de um teste e que em 2019 a feira regressará com um país convidado, que não quis adiantar, mas a imprensa espanhola avançou que poderá tratar-se do Peru.
Ainda sobre a presença portuguesa, haverá artistas portugueses representados por galerias estrangeiras como é o caso de Hugo Canoilas, da galeria Workplace, de Londres, assim como Pedro Neves Marques, representado pela galeria italiana Umberto Di Marino, do qual o CA2M Centro de Arte Dos de Mayo de Madrid acolherá uma instalação, "The Public Relation Between Machine and Plant" (2016), no decurso da feira.
Nos Encontros Profissionais no âmbito da ARCOmadrid vão marcar presença responsáveis também de Portugal, como Penelope Curtis, diretora dos museus da Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, João Ribas, novo diretor do Museu de Serralves, no Porto, Fátima Marques, diretora do Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, dos Açores, ou os curadores Miguel von Hafe e Margarida Mendes.
O colecionismo português será igualmente reconhecido nesta 37.ª edição da feira, com os Prémios "A", que, entre outros, distinguiram a coleção do português Armando Martins, atualmente composta por 400 obras de artistas portugueses e estrangeiros.
Na conferência de imprensa, o embaixador de Espanha em Portugal, Eduardo Gutiérrez de Buruaga, sublinhou que um terço das representações internacionais são da América Latina, e entre elas está o Brasil.
"O certame é um dos mais importantes do mundo e visa dar mais visibilidade aos artistas", comentou, recordando que a feira elegeu Lisboa como destino pioneiro de internacionalização.
A ARCOmadrid irá decorrer de 21 a 25 de fevereiro nos pavilhões 7 e 9 da Feira de Madrid, entre as 12:00 e as 20:00.
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