“Julgamos que este é um festival que tem características muito especiais, que tem raízes muito fortes integradas no panorama cultural da região”, afirmou Conceição Estudante, na conferência de imprensa de apresentação do certame, na Casa-Museu Frederico de Freitas, no Funchal.
Considerando que o evento “não se confunde com nenhum outro” em matéria de “autenticidade e genuinidade da música tradicional”, Conceição Estudante salientou que estas são garantias de “sucesso”, a que acresce a “participação de convidados que trazem mais qualidade ao festival”.
“É um evento que remonta a 1994, com alguma tradição e antiguidade, que se tem afirmado como um festival com um espaço e público próprios”, declarou, realçando que a iniciativa “evidencia a música tradicional madeirense” num contexto de “cruzamento de culturas”.
Este ano, cada dia do festival tem um tema, sendo o primeiro dedicado a “30 anos de canções”.
O músico e compositor açoriano Zeca Medeiros e o cabo-verdiano Tito Paris, que a organização definiu como “os grandes expoentes da música das regiões” que representam, e que este ano celebram 30 anos de carreira, vão ser os primeiros a subir ao palco do “Raízes do Atlântico”, no dia 26.
No dia seguinte, com o tema “Tribal Dance Raízes”, o destaque é a “música de fusão entre a eletrónica e os instrumentos mais ancestrais da memória humana, com um enfoque especial no didgeridoo e nas percussões”, explicou a secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes.
“A música de dança servirá de suporte aos espetáculos do projeto português Omiri e dos Olive Tree Dance”, adiantou.
O último dia do evento, anunciado como o “mais antigo festival de ‘world music’ de Portugal”, está reservado para grupos da região.
Na “Noite da Madeira”, a 28, atuam os Encontros da Eira e o grupo Xarabanda, sendo que este último convidou para o concerto artistas de outras áreas musicais.
Os concertos começam sempre às 21:30 e, no dia de abertura do festival, 26 de julho, pelas 19:00, na sala Cinemax, será projetado o filme “Sinfonia Imaterial”, realizado por Tiago Pereira.
O evento, organizado pela Agência de Promoção da Cultura Atlântica, tem um custo de cerca de 62 mil euros, sendo financiado pelo programa comunitário Intervir +, em 85 por cento.
@SAPO com Lusa
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