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Há poucos assim. Com carreira já consolidada em Portugal e com algumas experiências bem sucedidas além-fronteiras, não esquecem, nas suas deambulações pelos cantinhos do nosso país, os primeiros passos dados no concorrido mundo da música, o trabalho árduo que os fez alcançar o lugar de topo que hoje ocupam no panorama musical português, a sorte com que, a certa altura dum difícil percurso, foram brindados, e a persistência quase desumana de que se valeram ao longo dos anos - ferramenta sempre essencial, garantem, a quem, como eles, insiste, contra todos os prognósticos, em vingar na sua tão sua arte. Motivos não lhes faltariam, na verdade, mas vaidade é coisa que não lhes assiste. Pelo contrário. Encaram o palco com a descontração de uma criança, com a simpatia única das Donas-não-sei-das-quantas-que-todos-os-dias-se-põem-à-janela-a-cumprimentar-todos-os-que-passam, com as piadas de um promissor aspirante a cómico, sem pretensiosismos, com toda a graça possível... e mais alguma. Surpreenderam ao primeiro álbum, com cantorias que depressa viraram hinos de verão e inverno, mas o segundo, "Doce Lar", recentemente editado, não lhe fica atrás em génio, criatividade e força. Impossível não nos apaixonarmos pelos Virgem Suta! Do Alentejo, com muito amor, com certeza!<
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