Mathias Nygard e companhia passam pelo Cine-Teatro de Corroios no dia 24 daquele mês, deslocando-se ao Porto no dia seguinte, onde irão pisar o palco do Hard Club.
Na bagagem, os Turisas trazem o seu mais recente disco de originais, “Stand Up And Fight”. Editado na recta final de 2010, o álbum abriu as portas para uma abordagem mais antémica, que promete incentivar cantorias em uníssono e muito headbanging.
Os espectáculos têm início às 21h00, sendo que as portas abrem uma hora antes. Os bilhetes custam €20.
Sobre os Turisas
Oriundos de Hämeenlinna, os Turisas – nome de uma dos antigos deuses finlandeses da guerra – foram criados em 1997, pelo vocalista Mathias Nygård e pelo guitarrista Jussi Wickström. Durante sete anos, a dupla foi desenvolvendo a sua abordagem muito peculiar ao folk metal – que tem como peculiaridade a substituição de grande parte dos solos de guitarra por solos de violino – e tentando solidificar uma formação capaz de gravar os temas que iam escrevendo. O cliché é batido, mas pode dizer-se que envelheceram como um bom vinho e quando “Battle Metal”, o disco de estreia, foi finalmente editado, as reacções não se fizeram esperar. Mathias e Jussi tinham aproximado a sua fusão de heavy e power metal épico, melodias folk e ambição cinematográfica da perfeição e o primeiro contacto com o público e com a imprensa foi recebido com elogios e aplaudido em uníssono pela sua ousadia.
De um momento para o outro, a banda conquistava terreno na Europa e transformava-se numa das mais excitantes propostas saídas do movimento underground do velho continente. Quando se preparavam para demonstrar finalmente a sua força ao vivo, o guitarrista Georg Laakso sofre um acidente de viação e abandona o grupo, fazendo com que os planos de digressão fossem congelados. Os músicos – Mathias, Jussi, o baterista Tuomas "Tude" Lehtonen e o teclista Antti Ventola – optam por entrar novamente em estúdio para a gravação do sucessor de “Battle Metal”.
Em Janeiro de 2007, Hannes Horma (baixo), Olli Vänskä (violino) e Janne Mäkinen (acordeão) são apresentados como parte integrante da formação da banda e, no mês seguinte, Ventola anuncia a sua saída. “The Varangian Way” é editado ainda antes do final do ano, com Jussi a assumir todas as partes de guitarra e o vocalista a acumular a função de teclista. Mais intrincado, profundo e dramático, apoiado num conceito mais elaborado, ao segundo disco, os Turisas subiram finalmente aos palcos, tornaram a experiência real e conquistaram a atenção do público – em larga escala e de uma vez por todas.
À semelhança do que os seus antepassados fizeram há muitos séculos, os músicos finlandeses percorreram os oceanos e, durante dois anos, foram espalhando a sua mensagem. Além dos concertos em nome próprio, fizeram também digressões como suporte a alguns pesos pesados – Iced Earth, Dragonforce, Cradle Of Filth e Moonspell na Europa e no Reino Unido; Ensiferum, Tyr, Eluveitie e Dragonforce nos Estados Unidos.
Em Janeiro o acordeonista Janne "Lisko" Mäkinen desaparece misteriosamente em Amesterdão, mas Netta Skog entra rapidamente para o seu lugar e a banda não perde tempo, garantindo a sua participação em todos os festivais de Verão que realmente interessam por essa Europa fora e fazendo ainda as suas primeiras actuações no Japão, na China e Austrália. No final de 2009, dão por encerrada a campanha de promoção a “The Varangian Way” e começam a compor para o seu sucessor, iniciando o processo de gravação em Março de 2010.
“Stand Up And Fight”, uma continuação um pouco menos rígida do conceito explorado no disco anterior, chega aos escaparates em 2011 e revela-se o registo mais elaborado, extravagante e glorioso dos Turisas até à data. Camadas de orquestrações e harmonias vocais, pela primeira vez na carreira do grupo (cortesia de alguns dos mais reputados músicos clássicos de sopros e cordas da Finlândia), cruzam-se com a força dos riffs típicos do metal e com uma paixão readquirida pelo rock de estádio dos anos 80, que deu inevitavelmente origem a material ainda mais antémico e dramático.
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